A indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve em maio um faturamento líquido de R$ 6 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (28) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O volume é 5,3% maior que em abril.
O levantamento aponta que as vendas internas registraram crescimento de 24% em maio na comparação abril. No comparativo a maio do ano passado, o crescimento foi de 5,3%, interrompendo uma sequência de 25 quedas consecutivas.
Para a Abimaq, o número poderia ser um indicativo de retomada, “não fosse a nova crise de confiança causada pela delação premiada da JBS”, diz a entidade em seu boletim de indicadores conjunturais. De acordo com a Abimaq, a manutenção deste nível de faturamento, R$6 bilhões, no segundo semestre, garantiria apenas e estabilidade das vendas em relação ao resultado de 2016.
Por outro lado, os resultados de maio não entusiasmam os representantes do setor, tendo em vista que, no acumulado do ano (janeiro a maio), o setor registra queda de 20,4%.
Exportações – Em maio, as exportações tiveram faturamento de US$ 705 milhões, aumento de 12,3% em relação a abril, que havia registrado queda de 34% no indicador. No acumulado do ano, as exportações registram crescimento de 1,1%. De acordo com o diretor de competitividade da Abimaq, o resultado é típico da época. “Houve uma forte queda acentuada em abril e uma recuperação em maio, mas isso já é sazonal.”
O crescimento foi puxado pelas vendas externas de máquinas para a indústria de transformação (27,1%), máquinas para logística e construção civil (25,5%) e de máquinas para bens de consumo (23,5%). O destaque no ano continua com o setor de máquinas agrícolas, com acumula crescimento de 51% até maio.
Importações - Já as importações de máquinas aumentaram 8,7%% em maio. Na comparação com os últimos 12 meses, o recuo foi de 23,8%. O Brasil importou principalmente da Alemanha (18%) no mês.
Emprego - A indústria de máquinas e equipamentos encerrou maio com 291, 2 mil pessoas ocupadas, o que representou ligeira queda de 0,2%. Na comparação com os últimos 12 meses, a queda foi 5,6%, ou seja, menos 17,1 mil postos de trabalho.