Indústria paulista mostra reação no início de 2020, aponta Fiesp

De acordo com o levantamento, o componente estoque foi o que mais colaborou positivamente para o resultado geral


O indicativo de atividade da indústria paulista mostra melhora em 2020. Segundo informou a Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), as vendas reais avançaram 8,9% na passagem de dezembro para janeiro, excluídos os efeitos sazonais. As horas trabalhadas registraram alta de 1,1% em janeiro e o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) apontou aumento de 0,4 p.p, atingindo a marca de 75,6% no mês.

Os dados são do Levantamento de Conjuntura divulgados nesta quarta-feira (11) pela Fiesp e Ciesp. O Sensor, também medido pela federação, referente ao mês de fevereiro, ficou acima da linha de estabilidade, marcando 52 pontos, com ajuste sazonal, indicando aumento da atividade industrial paulista no mês.

De acordo com o levantamento, o componente estoque foi o que mais colaborou positivamente para o resultado geral, seu índice passou de 54,2 pontos em janeiro para 55,8 pontos no mês corrente. Com este resultado, o indicador se mantém pelo terceiro mês consecutivo acima dos 50 pontos (dezembro 52,1 e janeiro 54,2 pontos). Leituras superiores a 50,0 pontos indicam estoque abaixo do desejável.

Outro destaque positivo foi o indicador de vendas que apresentou forte melhora em fevereiro.  Ao passar de 46,4 pontos em janeiro para 54,9 pontos no mês corrente (variação de 8,5 pontos) o indicador cruza a linha de estabilidade e passa para o campo de expansão. Ao ficar acima de 50 pontos, indica expectativa de aumento das vendas no mês.

"No último bimestre de 2019 a indústria foi afetada por fatores negativos transitórios como um forte ajuste de estoques no segmento automobilístico, que deve ser revertido no início de 2020, como aponta os resultados de janeiro e o sinalizado pelo Sensor em fevereiro. Apoiado pelo baixo nível da taxa de juros (Selic) e pela expansão do crédito, o quadro é de melhora da atividade industrial nos próximos meses. O processo de retomada está consolidado. Temos agora o risco do efeito cornonavírus na economia global", avalia Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.