Metalúrgicos da MWL mantêm greve após reunião no Ministério Público do Trabalho

A empresa deve 11 milhões de aluguel e ameaça fechar as portas


Os trabalhadores da MWL, de Caçapava, aprovaram a continuidade da greve contra o fechamento da fábrica, em assembléia realizada nesta sexta-feira (2). A mobilização é em defesa dos postos de trabalho na fábrica. 
 
A decisão dos metalúrgicos por manter a paralisação vem após uma reunião virtual mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na quinta-feira (1°). Participaram do encontro os representantes do Sindicato, da MWL, da Mafersa e da Prefeitura de Caçapava, além de uma comissão de trabalhadores.  
 
Reunião no MPT
 
A procuradora do trabalho, Celeste Maria Ramos Marques Medeiros, apresentou uma proposta para o pagamento da dívida acumulada pela MWL com a Mafersa. O débito chega a R$ 11 milhões e é resultado de aluguel em atraso.
 
O grupo chinês que administra a fábrica alegou que os valores dos alugueis estão acima da média. Frente a isso e para evitar o despejo marcado para o dia 10, a procuradora sugeriu que a fábrica pagasse 19 parcelas do aluguel médio calculado e apresentado pela direção da MWL. 
 
Os representantes da fábrica deverão dar uma resposta ao MPT até as 16h desta sexta-feira. Em razão do cenário de insegurança em relação ao desfecho das negociações, os metalúrgicos permanecerão mobilizados pelo menos até segunda-feira (5), quando deverá ocorrer uma nova assembleia. 
 
Atendendo a uma exigência do Sindicato, o grupo chinês que administra a MWL também se comprometeu a apresentar uma garantia, via seguradora, de que, em caso de despejo, os trabalhadores receberão todas as verbas rescisórias. A empresa possui 240 trabalhadores.
 
"Nós também estamos preocupados se a Mafersa vai aceitar a proposta da MWL. Portanto, a greve continua para que nenhum trabalhador tenha seu direito desrespeitado", afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.