Saiba a diferença entre os sistemas de financiamento SAC e Price

É importante ficar atento ao tipo de amortização da dívida.


Deixar de pagar o aluguel para pagar as parcelas de um financiamento para casa ou apartamento, é um sonho de milhares de brasileiros. A grande vantagem nesse tipo de negócio é poder investir em um imóvel que, no fim das contas, será seu.

Os diversos financiamentos imobiliários têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil. É possível optar, por exemplo, pelo Sistema de Amortização Constante, o SAC, ou então a Tabela Price.

Está considerando pegar um empréstimo imobiliário, mas não sabe qual é a modalidade mais vantajosa para você, o SAC ou o Price? Nós elaboramos um pequeno guia com as principais diferenças dos dois.

Como funcionam os financiamentos
Os financiamentos imobiliários são uma modalidade de empréstimo. Bancos, construtoras e outras instituições financeiras concedem um crédito de até 60% do valor do imóvel e quem empresta pode ter até 30 anos para pagar.

Parcelas
As parcelas dos financiamentos imobiliários, geralmente, são compostas pelas seguintes tarifas:
- uma quantia de amortização da dívida (quantidade referente ao valor emprestado em si);
- encargos obrigatórios (como taxas de administração e seguros de vida e residencial),
- e os juros.

Juros
No empréstimo imobiliário, os juros são altos porque são calculados sobre o saldo devedor. Então, quanto mais se deve para o banco, maior o juros? Exatamente.

É por isso que é mais recomendado que a pessoa tente emprestar menos dinheiro da instituição financeira. Dessa forma, o juros cobrados serão menores e o valor final a ser pago também.

Mas, além do valor total emprestado, é importante ficar atento ao tipo de amortização da dívida. No mercado, há dois principais o SAC e o Sistema Price.

SAC
SAC é a abreviação de Sistema de Amortização Constante e costuma ser um financiamento mais vantajoso a longo prazo, principalmente quando comparado ao Price. No SAC, geralmente, as primeiras parcelas são mais altas, mas não são fixas. Com o passar dos anos, o valor vai diminuindo de forma gradativa.

Logo de início, paga-se um valor mais alto pela quantidade efetivamente emprestada que é a amortização da dívida. Consequentemente, o valor que será desembolsado para pagar os juros será progressivamente menor.

Vamos a um exemplo prático. Para um empréstimo de R$ 100 mil, por exemplo, suponha que a parcela referente à amortização seja de R$ 1 mil. Então, no próximo cálculo, o juros será sobre os R$ 99 mil ainda devidos.

Então, de forma geral, no SAC, a redução total do valor emprestado é feita de forma constante e progressiva. Geralmente, no fim do empréstimo, as parcelas ficam mais suaves.
Reajustes
Geralmente, a parcela e o saldo devedor são reajustados mensalmente pela Taxa Referencial (TR).

O valor do seguro obrigatório é outro fator que pode impactar a quantia devida ao banco. Se, por exemplo, você faz aniversário, o seu seguro de vida tende a ser recalculado, gerando um novo encargo para as parcelas.

Quando emprestar
Geralmente, o SAC requer uma renda um pouco maior, isso porque, as primeiras parcelas costumam ser mais pesadas. O banco geralmente não concede empréstimo se a parcela comprometer mais de 30% da renda.

Apesar disso, este é um empréstimo vantajoso porque a quantia de juros a ser paga é menor.

Então, às vezes, compensa incluir alguém para compor renda e apostar no financiamento do tipo SAC.

Price
Já no Price, conhecido também como Sistema Francês, o valor das parcelas não oscila, ao contrário, são sempre fixas. Isso acontece porque os bancos e instituições financeiras já fazem um cálculo estimado das correções monetárias e embutem o valor já nas parcelas.

Geralmente, a primeira parcela do financiamento pelo Sistema Price é mais barata e se refere, basicamente, ao pagamento de juros. Ao longo do tempo, o valor pago de amortização aumenta e cresce o de pagamento de juros.

Embora pareça mais vantajoso ter parcelas fixas, a longo prazo, o valor pago tende a ser um pouco maior.

Quando emprestar
É claro que pagar menos juros é o desejo de todo mundo que está pensando em financiamento. Neste caso específico, é mais vantajoso optar pelo Sistema de Amortização Constante. No entanto, por serem parcelas mais puxadas no começo, nem todo mundo consegue comprovar a renda.

Neste caso, às vezes compensa mesmo optar pelo Price. Os juros, a longo prazo, costumam ser maiores, mas as parcelas costumam ser mais acessíveis. Os administradores sempre lembram que o melhor financiamento é aquele que cabe no bolso.