Nas contas do governo, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo para 2018 tem impacto de R$ 301,6 milhões nos benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas pagos pelo governo. Pelos cálculos da equipe econômica, o aumento do salário mínimo de R$ 937 para R$ 979 em 2018 terá impacto de R$ 12,7 bilhões nas contas do governo no próximo ano.
Levantados pela Agência Brasil, os dados são baseados em estimativas do Anexo de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). As metas fiscais do ano seguinte são fixadas de acordo com os parâmetros definidos pela LDO. A meta para 2018 foi aprovada pelo Congresso Nacional na última quinta-feira (13).
Como o reajuste do salário mínimo em R$ 42, o impacto total será de quase R$ 13 bilhões, calcula o governo. Na Previdência Social, a previsão é que o déficit subirá em R$ 8,6 bilhões no próximo ano apenas por causa do reajuste do salário mínimo. O impacto pode ser amenizado com uma eventual recuperação da economia que aumente o emprego formal e reduza o rombo nas contas da Previdência.
A segunda fonte de impacto do novo salário mínimo será nos benefícios da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), cuja despesa aumentará em R$ 2,2 bilhões em 2018. Em seguida vêm os benefícios trabalhistas – abono salarial e seguro desemprego –, que terão alta de R$ 1,8 bilhão.
Por fim, os gastos com a renda mensal vitalícia – auxílio para pessoas incapacitadas que parou de ser concedido nos anos 90, mas que ainda é pago a beneficiários com direito adquirido – se elevarão em R$ 50,4 milhões.