Venda de fritadeiras sem óleo registra crescimento na pandemia

Eletroportátil registrou vendas 22% superiores em relação ao ano anterior


Após o começo da pandemia, muitas famílias que antes não faziam as principais refeições em casa passaram a fazê-las. Com parte dos brasileiros indo mais para a cozinha, houve um aumento na venda de diversos eletrodomésticos e eletroportáteis, como as fritadeiras sem óleo, que registraram crescimento de vendas 22% superior a 2020.

Segundo pesquisa de mercado da Euromonitor, no Google, a busca pelo item cresceu exponencialmente desde o início da quarentena. Em março de 2020 o termo "air fryer" tinha índice de 35 no total de 100 e atingiu o pico em novembro.

Uma informação da consultoria para o varejo GFK sobre o mesmo tema diz que as buscas se converteram em consumo. Em 2020, o eletroportátil registrou crescimento de vendas em 22% quando comparado ao ano anterior. Além disso, nos últimos cinco anos o volume de vendas cresceu 194,4%.

Quem se deu bem neste cenário foram as fabricantes. A Mondial, líder nas vendas do eletroportátil com 35% de participação de mercado, de acordo com a Euromonitor, viu o volume de vendas crescer em 72%. "Para dar conta da demanda, investimos na produção na Bahia, já que parte da produção hoje acontece na China", diz Giovanni Martins Cardoso, presidente da Mondial.

Vendas online

Também é possível sentir esse movimento nos grandes sites de vendas do país. Basta acessar a página de produtos mais vendidos de grandes e-commerces como a Amazon.com.br, que a fritadeira sem óleo sempre aparece como um dos principais itens pedidos na categoria de "Cozinha".

Sites como o Uma dica por dia, que disponibiliza diversas análises de produtos, também têm sentido impacto em relação a buscas online pelos principais eletrodomésticos. O artigo que indica e ranqueia as melhores air fryers de acordo com o custo-benefício avaliado pela equipe do site cresceu em volume de acessos durante diversos momentos da quarentena.

Para o presidente da Mondial, a demanda continuará crescente e a empresa pode conquistar metade desse mercado. "O Brasil comercializou 4 milhões de air fryers em 2020, isto é pouco perto da quantidade de brasileiros que podemos alcançar. O ritmo de vendas pode não ser o mesmo do ano passado, mas a expansão é certa", diz.