Vendas de veículos crescem 7,1% em setembro, diz Anfavea

Em setembro, foram produzidos 223.115 mil veículos, o que representa queda de 6,3% sobre setembro de 2017




A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemora o aumento de venda de veículos novos no país no mês de setembro, no comparativo ao mesmo período do ano passado. Segundo o levantamento divulgado hoje (4) pela entidade, o aumento foi de 213.339 unidades, crescimento de 7,1% na comparação com o mesmo mês de 2017. O levantamento leva em consideração veículos leves, caminhões e ônibus.

Entretanto, houve retração em relação a agosto, segundo a Anfavea, queda já esperada de 14,2%, devido ao número reduzido de dias úteis (quatro dias a menos). O acumulado de janeiro a setembro registrou aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2017.

Em setembro, foram produzidos 223.115 mil veículos, o que representa queda de 6,3% sobre setembro de 2017, reflexo da retração nas exportações para a Argentina, que passa por crise econômica. De acordo com Antonio Carlos Megale, presidente da Anfavea, as montadoras têm ajustado a produção conforme a redução de exportações. Na comparação com agosto, houve queda de 23,5%.

Queda na exportação - Os dados revelam que houve queda de 34,5% na exportação em setembro na comparação com o mesmo mês em 2017. Em relação a agosto, a redução foi de 29,7%. No acumulado do ano, a queda foi de 8% em relação ao mesmo período de 2017. A Argentina, que antes respondia por 70% das exportações brasileiras, caiu para 50% no mês passado. A busca por novos mercados para escoar a exportação é vista como alternativa – o Chile aumentou em 22% as importações do Brasil.

Estabilidade de empregos - O número de empregos no setor automotivo mostrou estabilidade, sem variação entre agosto e setembro deste ano. Em relação a setembro do ano passado, foi registrada alta de 3,6%. Em setembro, 132.480 pessoas eram funcionárias de montadoras.

Eleições - O presidente da Anfavea afirmou que a economia está descolada do cenário eleitoral brasileiro. “Temos muito mais incertezas no campo político que econômico”, disse. Segundo Megale, os indicadores macroeconômicos são positivos, com a taxa de juros e a inflação estáveis, e há oferta de crédito em crescimento pelos principais bancos. “Todos esses fatores nos levam a ter uma visão mais otimista”.


Com informações da Agência Brasil