Voice Commerce: modalidade de compras por voz deve movimentar US$ 80 bilhões em 2023

Empresas devem se atualizar para garantir boa experiência na hora da compra realizada por celular ou assistente virtual


Quem não ama a facilidade dos comandos por voz? Por meio dessa ferramenta, é possível configurar alarmes, criar listas de compras e manter anotações constantes. As possibilidades ficam ainda maiores quando essa função está ligada a uma assistente virtual ou a eletrodomésticos inteligentes, permitindo uma organização constante da rotina, que colabora para facilitar muito o dia a dia.

Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria inglesa Juniper Research, o uso dessa tecnologia pode impactar os hábitos de compra dos consumidores brasileiros. Eles estimam que o voice commerce - modalidade em que a compra online é feita por voz - irá movimentar US$ 80 bilhões em 2023. A estimativa representa um aumento considerável,  levando em consideração os US$ 2 bilhões movimentados atualmente pelos EUA e pelo Reino Unido por esse meio.

Assistentes virtuais ajudam a impulsionar modelo de compra

A popularidade das assistentes por voz, como Siri (Apple), Cortana (Microsoft) e Alexa (Amazon), pode ser um dos pontos principais no aumento dessa modalidade de compra. Ainda segundo a pesquisa da Juniper Research, a estimativa é de que existirão mais de oito bilhões de assistentes em uso até 2023, o que pode ocasionar em um aumento de compras feitas por voz, graças à comodidade de realizar a operação à distância e sem a necessidade de inserir dados manualmente na hora de escolher o produto ou efetuar o pagamento. 

O aumento no uso de assistente virtuais já é uma tendência observada no Brasil. Segundo dados da Ilumeo, consultoria de Data Science, o uso de dispositivos com assistentes e comandos de voz aumentou 47% no país em 2020.

Empresas devem estar preparadas para a nova modalidade de compras

A compra por comando de voz é uma questão que já deve estar no radar de grandes empresas de e-commerce, que precisam acompanhar de perto essa tecnologia e as tendências do público, o que ainda não é o caso da maior parte das marcas no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Uberall com 73 mil negócios brasileiros, tanto de pequeno, quanto de médio e grande porte, apenas 4% estão otimizados para compras e pesquisas nessa modalidade.

Empresas como Domino's, Zona Sul Supermercados e Natura já têm dado os primeiros passos para essa modalidade de vendas, com algumas ações pontuais e integrações da marca com a Alexa, da Amazon, e o Google Assistant. 

Com o intuito de possibilitar uma experiência satisfatória para os clientes, as empresas devem evoluir o seu sistema, possibilitando que o consumidor consiga ter acesso à descrição por áudio dos produtos disponíveis, entender quais os tipos de compra e fazer perguntas ao bot da empresa ou assistente pessoal, caso necessário. Os chatbots, inclusive, são um tipo de ferramenta muito eficiente para a compra por voz, já que dão respostas direcionadas e dinâmicas. Entretanto, eles devem estar sempre bem utilizados e atualizados para entender corretamente as dúvidas dos clientes.

Garantir a integração dos serviços por voz com as plataformas web e o atendimento por telefone e presencial expande ainda mais as possibilidades da marca e torna o atendimento mais eficiente, colaborando ainda mais para uma experiência de compras satisfatória.

A popularização do voice commerce ainda deve demorar algum tempo para acontecer completamente, mas as previsões deixam claro que essa modalidade deve transformar as compras feitas de forma remota, além de facilitar ainda mais a vida dos consumidores.