Os Jogos Olímpicos de Tóquio, que aconteceriam neste ano, sofreram alterações marcantes para a história do esporte no mundo. Mas não foram só mudanças negativas: além do remanejamento de datas, modalidades inéditas serão introduzidas pela primeira vez para a alegria de torcedores de todas as nacionalidades que, de quatro em quatro anos, vibram com as competições.
Mas, nesta edição, até mesmo a periodicidade do evento teve de ser alterada pela primeira vez em 76 anos. Já havia ocorrido o remanejamento de datas para um mês no qual a Ásia estivesse passando uma estação de clima mais favorável para os atletas. As competições teriam início no dia 24 de julho deste ano.
Com a pandemia do novo coronavírus, os Jogos tiveram de ser adiados para o ano de 2021, ainda sem data exata. Anteriormente, a competição só havia deixado de ocorrer três vezes: em Berlim, no ano de 1916, no próprio Japão, em 1940, e em Londres, em 1944 - todas foram interrompidas pelas duas Guerras Mundiais.
A espera estendida por conta da doença só aumenta ainda mais a ansiedade de ver em cena os atletas das cinco novas modalidades que estarão na Olimpíada de Tóquio, e elas são: surfe, beisebol/softbol, karatê, skate e escalada. O skate contará com duas modalidades - street e park -, ambas com competições femininas e masculinas, o beisebol será exclusivamente masculino e o softbol, feminino.
Segundo o presidente do comité organizador, Tony Estanguet, o intuito é dar visibilidade a modalidades mais urbanas: "Queremos ligar-nos a desportos que são disputados em todo o mundo para darmos aos Jogos uma dimensão mais urbana, ligada à natureza, mais artística", afirma.
Então, os que curtem fortes emoções e grandes aventuras já podem utilizar o maior tempo de espera e ir se preparando para vibrar vendo novos desportistas. As apostas de pódio para o Brasil entre essas novidades estão principalmente no surfe, com a Brazilian Storm (tempestade brasileira), como chamam o momento de destaque dos surfistas brasileiros Gabriel Medina, Adriano de Souza (Mineirinho) e Filipe Toledo.
Ao que tudo indica, o país também tem grandes chances de brilhar com tênis Vans no pé e manobras radicais em cima de outro tipo de prancha - dessa vez, com rodas. O skate é praticado em todo o território e conta com grandes nomes que arrastam fãs internacionalmente, como Pâmela Rosa, Rayssa Leal, Luan Oliveira e Kelvin Hoefler.
Nos outros esportes - karatê, escalada, beisebol e softball -, os olhos não estão tão voltados ao Brasil, mas as práticas que são tradição em outras culturas e acumulam torcedores e atletas em diversos continentes também prometem acelerar o coração das torcidas que já conhecem as modalidades, ou que terão contato com elas pela primeira vez em 2021.