O Governo planeja expandir as ferrovias na região metropolitana de São Paulo em 34,5 km.
A informação foi fornecida pelo secretário de Transportes durante sua presença na Assembleia Legislativa, onde prestou contas e apresentou os projetos da Pasta.
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, nesta quarta-feira (2), a presença do secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Marco Antonio Assalve. Ele participou de uma reunião conjunta das Comissões de Assuntos Metropolitanos e Municipais e de Transportes e Comunicações para prestar contas e apresentar os trabalhos da Secretaria. A sessão foi presidida pelos deputados estaduais Ricardo Madalena (PL) e Ana Carolina Serra (Cidadania).
Durante sua apresentação, o secretário destacou a relevância da Região Metropolitana de São Paulo no sistema de transporte, com 13 linhas, entre metrô e CTPM, cobrindo cerca de 376 quilômetros e transportando diariamente 8,3 milhões de pessoas, número que diminuiu após a pandemia, quando antes eram 10,1 milhões de passageiros.
Assalve também enfatizou o avanço na acessibilidade dos ônibus, informando que aproximadamente 4.500 dos 4.970 veículos já são acessíveis, o que representa uma melhoria significativa para a população.
Sobre os planos futuros, o secretário anunciou a expansão da rede, com a previsão de acréscimo de cinco linhas e um BRT, o que possibilitará a extensão de mais de 34,5 quilômetros de trilhos e metrô, bem como a criação de 35 estações, ampliando a capacidade de transporte para mais 1,8 milhão de passageiros por dia.
Em resposta aos questionamentos da deputada Ana Carolina Serra sobre a qualidade dos serviços nas linhas privatizadas, Assalve ressaltou que a qualidade do serviço não é exclusiva de quem presta, mas sim da necessidade de garantir o melhor atendimento à população, seja pela iniciativa privada ou pública. Ele citou o exemplo da Artesp e das concessões de rodovias no Estado como experiências bem-sucedidas, e que, no caso dos trens, houve melhorias notáveis.
Quanto às questões contratuais, o secretário reconheceu que alguns compromissos não foram cumpridos, mas afirmou que houve aplicação de multas como punição.
Em relação à Linha 5 Lilás, Assalve esclareceu que o trecho está sob a administração da iniciativa privada, com previsão contratual de extensão até o Jardim Ângela, mas sugeriu que o secretário de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, responsável pela gestão das empresas privadas, fornecesse detalhes sobre o assunto na próxima semana durante uma oitiva na Alesp.
Quando questionado pelo deputado Donato sobre as linhas concessionadas e a previsão para a Linha 5, bem como as diferenças nos valores da integração de algumas linhas, Assalve comprometeu-se a verificar a situação e estudar maneiras de amenizar o problema para os usuários, respeitando os contratos vigentes.
Finalmente, o deputado Luiz Fernando sugeriu a realização de uma Audiência Pública que reunisse tanto o Governo Federal quanto o Estadual para um debate produtivo sobre os transportes, a fim de promover uma discussão proveitosa e necessária.