5 tendências mais sustentáveis que poderão ficar no futuro pós-pandemia

O novo coronavírus se espalhou rapidamente por todo o mundo e vem impactando dramaticamente diversos aspectos da vida humana


Trata-se de um drama humanitário sem precedentes e que ainda não se pode estimar seus efeitos de longo prazo sobre a saúde pública, economia e relações sociais.

No entanto, os últimos meses de combate ao COVID-19 trouxe à tona as transformações ambientais causadas pela desaceleração das atividades que praticamos.

O confinamento em massa (necessário para isolamento social e achatamento da curva de contágio do vírus) foi responsável pela diminuição da poluição do ar nos grandes centros urbanos.

Uma pesquisa realizada pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais detectou diminuição notável na emissão de CO2 na atmosfera do planeta: queda de 25% apenas na China. Ainda de acordo com o estudo, estima-se que 50 mil vidas podem ter sido salvas neste período, já que a poluição é responsável por agravamento de problemas de saúde e mortes prematuras.

Este é apenas um exemplo das mudanças e reflexões que está traumática pandemia trouxe para as discussões acerca da sustentabilidade versus o estilo de vida moderno. Veja outros aspectos que podem ganhar força nos próximos anos.

Consumo consciente

com o fechamento dos comércios não essenciais, cancelamento de eventos, pausa nos serviços de bares e restaurantes, muitas pessoas se viram forçadas a viver apenas com o necessário para suas demandas diárias.

Este tipo de situação leva a reflexões importantes sobre quais bens de consumo são realmente importantes e indispensáveis em nossa rotina, diminuindo o consumismo desenfreado e a visão sobre minimalismo e consumo mais consciente.

Relação com o lixo

Se por um lado passamos a consumir menos, há a necessidade de serviços de delivery e uma maior demanda por embalagens e itens descartáveis. O aumento do lixo doméstico, além do lixo hospitalar gerado no combate ao COVID-19, chamou a atenção da Abrelpe (associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), que estima um crescimento de 15% a 20% na produção do lixo neste período.

Sociedade civil e empresas podem estimular a prática da reciclagem. Nas casas, é possível separar o lixo de acordo com sua composição e encaminhá-lo para cooperativas de reciclagem, fomentando também essas atividades econômicas em época de recessão. As empresas podem também passar a adotar práticas mais sustentáveis, como a logística reversa ou mesmo a venda de seus resíduos para tratadores especializados, criando receita para suas atividades. 

A startup VG Resíduos é uma das pioneiras na conexão de empresas geradoras de resíduos e tratadores especializados dentro da sua plataforma digital. A prática é benéfica ao meio ambiente e lucrativa para ambas as partes.

Atividades sem deslocamento

Muitas empresas com modelos de negócios digitalizados experimentaram o trabalho remoto pela primeira vez. O home office já é uma prática comum em muitas atividades e pode se tornar uma tendência cada vez mais presente no mercado de trabalho. Além de evitar a emissão de gases na atmosfera pelo deslocamento diário até o trabalho, empresas também podem diminuir a demanda por água e energia.

As aulas online também podem ganhar força no oferecimento de cursos e disciplinas em todas as etapas de aprendizado, ampliando e qualificando as diretrizes do ensino a distância.

Mudanças alimentares

A principal suspeita de início do contágio pelo novo coronavírus está em um mercado de Wuhan, na China, onde se comercializa cortes de carne de animais silvestres e exóticos. Muitas outras doenças que acometeram a humanidade migraram da carne animal consumida pelos seres humanos.

O que comemos e como comemos é um fator decisivo para evitar as próximas pandemias que podem repetir a emergência que o mundo enfrenta, ainda às escuras quanto prevenção e cura, neste momento histórico.

Valorização dos espaços abertos

Praças, parques, praias, campos abertos e verdes, vento e luz solar nunca antes foram tão lembrados como uma opção de lazer e interação social.

O confinamento nas casas e apartamentos, muitas vezes sem a possibilidade de desfrutar um jardim ou quintal amplo fará as pessoas verem a natureza e amplitude desses lugares com olhos mais atenciosos quanto sua conservação e necessidade para o bem-estar.