A tradição por trás do anel de noivado do Ocidente

Item começou a ser utilizado pelas sociedades orientais e foi passado para o Ocidente pelo judaísmo e cristianismo


Seja um anel de ouro, no caso dos mais favorecidos, ou até mesmo de outro material, para quem não pode comprar um item tão caro, o fato é que esse acessório se popularizou no ocidente como símbolo de relacionamento sério entre duas pessoas. No casamento e no noivado, os pares compram anéis um para os outros como forma de demonstrar compromisso. Essa tradição se iniciou há muitos séculos.

A versão mais aceita do acessório é de que os egípcios e hindus já utilizavam um anel para simbolizar o compromisso entre um homem e uma mulher há cerca de 3 mil anos A.C. O motivo era simples: como o formato é circular, significa que não tem fim – portanto, traz a ideia de amor contínuo e cumplicidade. Apesar disso, não há, efetivamente, um consenso sobre o surgimento do item como demonstração de compromisso. O que se sabe é que esses conceitos foram trazidos das sociedades orientais e passados para o ocidente pelo judaísmo e cristianismo.

A utilização do anel é uma confluência de tradições antigas, e não um hábito de um povo em específico. Sociedades tribais, por exemplo, usam pulseiras e colares como demonstração de amor e compromisso, como a Polinésia. O hábito, no entanto, só passou a fazer parte do contexto cristão a partir da Idade Média. O anel que conhecemos hoje tem uma inspiração muito mais ocidental.

O fato curioso é em relação à mão utilizada para o anel. No século 3 A.C, durante a conquista do Egito por Alexandre, o Grande, o hábito foi introduzido. O dedo do anel era o terceiro da mão esquerda, porque imaginavam que lá havia uma veia que levava diretamente ao coração, o que daria a noção de sentimento. Outras tradições orientais também diziam que por lá passava um meridiano que atingiria o coração. Portanto, a mão direita ficou reservada apenas aos noivos, e a esquerda para os casados.

Formalmente, o anel foi introduzido no ano 860 por meio de decreto pelo papa Nicolau I como uma forma de afirmação pública obrigatória dos noivos. O compromisso definitivo é simbolizado com o anel passando da mão direita para a mão esquerda. O anel é o símbolo de um elo, cumplicidade e fidelidade entre o casal.