Desde a manhã de segunda-feira (16), um grupo de trabalhadores da Gerdau, em Pindamonhangaba, foram colocados em 'layoff', ou seja, com suspensão temporária dos contratos de trabalho. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Roseira (Sindmetp), a suspensão estava prevista no acordo em assembleia realizada no último dia 25 de março.
Segundo a entidade, a diferença é que a empresa começou com a suspensão dos contratos de 75 operários, mas deve chegar a 100 ao longo do programa. O desligamento deve durar cerca de dois meses, prevê o Sindmetp. Durante o período, os trabalhadores desligados serão remunerados e passarão por capacitação.
O sindicato confirmou que as negociações de março permanecem e, se mesmo com o layoff a produção não tiver uma retomada, está garantido um adicional de até dois salários para as demissões que possam ocorrer nessas áreas. Hoje a empresa tem 1.900 trabalhadores ao total.
Logo após o acordo em março que previu esse desligamento, a empresa informou em nota que essa decisão se deve às incertezas do mercado automobilística no Brasil, principal consumidor de aços especiais.
Nota da Gerdau - A Gerdau confirma a negociação com o sindicato para a realização de um programa de layoff na usina de Pindamonhangaba (SP) a partir de abril. Esse programa busca preservar os empregos existentes e consiste em licença remunerada dos colaboradores afetados, os quais, no período de afastamento, passarão por um programa de qualificação profissional. Essa decisão se deveu aos recentes movimentos da indústria automobilística no Brasil, principal consumidor de aços especiais, de conceder férias coletivas e buscar a redução de seus estoques, principalmente em razão da crise econômica argentina. O atendimento aos clientes se manterá inalterado.