A Embraer anunciou nesta quinta-feira (18) a volta ao trabalho dos funcionários que estavam em layoff ou jornada reduzida desde o mês de abril. Os trabalhadores receberão salário e jornadas integrais, ao retornarem a partir de segunda-feira (22). Segundo a Embraer, são funcionários das quatro unidades em São Jose e uma em Taubaté.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos é contrário a esse retorno e ameaça uma greve. De acordo com a entidade, 5 mil metalúrgicos da produção tiveram o contrato suspenso no dia 22 de abril, conforme a Medida Provisória 936, para evitar o contágio pelo coronavírus. A vigência do acordo encerra-se na segunda-feira, mas o sindicato diz que a decisão da Embraer vai de encontro às orientações sanitárias para isolamento social como forma de prevenção à covid-19.
As lideranças sindicais entendem que a continuidade da crise sanitária no país não garante a volta segura ao trabalho. O sindicato alegou que, durante o layoff, permaneceram em atividades presenciais cerca de 1.200 trabalhadores da produção. Três deles contraíram a covid-19 e pelo menos dez estão com suspeita.
O lado da Embraer - A Embraer esclareceu que, dos 10 mil trabalhadores das unidades do Vale, a recomendação é que dois terços trabalhem em home office. Parte desse grupo não deve ficar em trabalho remoto e receberá férias coletivas de 15 dias. Há também, de acordo com a empresa, um grupo de risco que, caso não possa permanecer no trabalho remoto, deverá sair em férias coletivas e depois licença remunerada.
A Embraer informou, por meio de nota, que "As novas medidas buscam equilibrar a demanda e a disponibilidade das equipes, minimizar impactos econômicos da pandemia e, acima de tudo, continuar preservando a saúde e segurança das pessoas diante da crise da Covid-19".