Ensino híbrido: a tendência do pós-pandemia

Metodologia de ensino que alia tecnologia às atividades tradicionais pode se tornar mais popular após pandemia


Representando uma combinação entre o ensino presencial e à distância, o ensino híbrido no Brasil demonstra sinais de crescimento, e é provável que se tornará tendência nas próximas temporadas de estudo.

Tendo iniciado como parte do programa de Instituições do Ensino Superior (IES), a abordagem ainda não possui normativas específicas para regulamentação, mas tem conquistado cada vez mais espaço. 

Em 2019, o governo federal ampliou, através da 2.117/2019 portaria, para 40% a carga horária máxima para atividades à distância de cursos considerados presenciais e de graduação.

Esse efeito - de aumento das atividades online - tem se intensificado com as medidas de segurança necessárias durante o período de combate à disseminação do novo coronavírus. O Ensino a Distância (EAD) se tornou uma parte integral da experiência dos estudantes do ensino superior, e as ferramentas utilizadas por tal demonstraram grande eficácia no auxílio do aprendizado. 

Enquanto uma total retomada do ensino presencial não chega ao horizonte brasileiro, o ensino híbrido pode ser uma resposta ou medida equivalente à flexibilização das medidas preventivas.

Ensino híbrido

A principal característica do ensino híbrido são suas metodologias voltadas para o uso das plataformas digitais como complemento ao ensino presencial. Ou seja, não é uma substituição de técnicas e processos, mas, sim, uma implementação de novas ferramentas complementares. Veja abaixo as duas categorias.

- Ensino híbrido sustentado: modelo mais tradicional, com maior frequência de encontros presenciais, que são acompanhados do uso de ferramentas online para tarefas diversas.

- Ensino híbrido disruptivo: aborda uma forma menos tradicional e mais baseada nas atividades online. Geralmente, a proposta é de um retorno à sala de aula a cada 15 dias.

Em ambas as categorias, a intenção é dar maior autonomia e capacidade de personalização ao estudante. Ferramentas como os AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) são essenciais na implementação, assim como um plano de ação que entenda que o ensino híbrido tem como foco criar um ambiente de aprendizado digital que seja complementar ao presencial.

É comum entre os educadores acreditar que essa abordagem possa causar uma certa substituição, cedendo seu papel à tecnologia, mas a verdade é que o professor e todos os mestres em pedagogia dentro da instituição são os responsáveis por planejar o desenvolvimento das aulas e o plano de aprendizado oferecido aos alunos.

Em suma, suas carreiras estão seguras, e o ensino híbrido tem como objetivo principal gerar melhor desempenho dos alunos, que, com ele, podem escolher quando, como, com quem e a que ritmo estudar e desenvolver todo seu potencial.