Fibria usa tecnologia inédita no país para monitorar e ter visão tridimensional da floresta
Novos instrumentos trazem mais agilidade, precisão e segurança na medição de áreas, relevo e árvores, contribuindo com a gestão estratégica das atividades florestais
A Fibria está intensificando investimentos em tecnologia na área florestal. Estão em andamento em todas as unidades da empresa, por meio do Projeto Floresta Inteligente, uma série de ações. Uma delas é o uso da tecnologia LIDAR (da sigla inglesa Light Detection And Ranging; em português Detecção de Luz e Alcance).
A iniciativa é inédita no país para medição de áreas, relevo e árvores para inventário, que trouxe economia de 12% no custo de monitoramento e atualização de áreas, além de viabilizar inúmeros projetos de modernização que resultou no aumento de 1,2% da base florestal da empresa.
Na prática, o LIDAR permite uma visão tridimensional da floresta a partir da captura de dados por meio de instrumentos a laser, embarcados em aviões de pequeno porte tripulados, que sobrevoam grandes áreas em intervalos de tempo mais curtos. Com auxílio de unidades de GPS, instaladas no avião e no solo, além de um sensor inercial acoplado à unidade laser, os dados são coletados e enviados para análise em software especializado.
Por meio da tecnologia LIDAR, implantada na Fibria a partir de 2011, foram realizados testes que trouxeram informações topográficas detalhadas sobre o relevo, que ajudaram as áreas de Geoprocessamento e Planejamento e Controle de Produção (PCP) na gestão das operações de plantio e colheita. Desde então, a empresa vem aprimorando o uso da ferramenta.
“Essa tecnologia torna o monitoramento mais ágil e preciso, além de aumentar a segurança das equipes que vão a campo para medições, pois elas passam a percorrer distâncias bem menores. Os dados coletados são fundamentais para a gestão das florestas. Eles apontam a qualidade da base e possíveis focos de degradação, auxiliando na tomada de decisões e em planos para conservação”, afirma Luiz Eduardo Sabbado, gerente de Desenvolvimento Operacional Florestal da Fibria.
No caso do microplanejamento da colheita, por exemplo, o tempo de trabalho foi reduzido em cerca de cinco vezes, pois 90% da etapa de campo, feita anteriormente de forma manual, foi substituída pelo novo sistema.
O equipamento foi indispensável na implantação da colheita mecanizada, em áreas com inclinação até 33º localizadas no interior de São Paulo, com dados de relevo por meio de mapas digitalizados, proporcionando maior segurança para a operação de colheita.
Após o avanço na colheita mecanizada, o LIDAR possibilitou um novo passo para o inventário florestal. Em 2015, foi feito o primeiro teste em São Mateus (ES) e, na sequência, em Capão Bonito (SP). Um próximo passo está sendo dado agora. “Estamos nos estruturando para sobrevoar, neste mês, 320 mil hectares, de uma área total de mais de 460 mil hectares da base florestal em Mato Grosso do Sul, a maior da empresa”, diz Sabbado. A expectativa é sobrevoar todas as áreas da Fibria a partir de 2020 para realizar 100% do inventário utilizando essa tecnologia.