O futebol é um dos esportes mais populares e influentes do mundo. Isso, a maioria das pessoas já sabe. Algumas, no entanto, não devem ter conhecimento sobre o tamanho da relação entre a economia e o mundo da bola. Para se ter uma ideia, durante a temporada de 2016/2017, a Europa bateu os R$ 100 bilhões, ultrapassando o PIB (Produto Interno Bruto) de 95 países. Os dados foram divulgados pela consultoria Deloitte, que registrou números impressionantes e recordes nas principais cinco ligas do continente europeu.
A empresa indicou que esse valor representa maior renda e estabilidade dos clubes que estão presentes nos campeonatos de Inglaterra, Alemanha, Itália, França e Espanha. Isso reflete na popularidade do jogo, no profissionalismo dos clubes e também em um ambiente regulatório mais forte. Um dos sócios da Deloitte destacou que, na temporada de 2006/2007, 60% dos times ingleses, por exemplo, tinham perdas financeiras. Hoje, todos os clubes têm lucros.
O crescimento da economia-futebol é expressivo na Europa, e aqui, no Brasil, não é diferente. Um estudo realizado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), em parceria com a consultoria EY, identificou que o esporte movimenta um total de R$ 53 bilhões na economia nacional. Isso representa 0,72% do PIB.
Desse valor, R$ 37,8 milhões são de efeitos indiretos, e isso pode estar relacionado com o aumento de consumo nos bares durante os campeonatos. Donos de bares relatam que as vendas aumentam cerca de 20% quando começam os principais torneios, como Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana.
Em média, 25,7 milhões de brasileiros acompanham as partidas pela TV, enquanto quase 4% dos torcedores frequentam o estádio, de acordo com a análise do Mercado de Consumo do Futebol Brasileiro, realizado pela CDL (Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas).
Além do futebol, existem outros esportes que se popularizam cada vez mais, seja no Brasil ou no mundo. O UFC (Ultimate Fight Championship) e o Super Bowl (grande final da NFL) estão presentes quando o assunto envolve a geração de receita.
Esportes radicais também viraram tendência ultimamente. A superação de desafios, além de buscas por experiências únicas e intensas, gera interesse por parte dos atletas. Com isso, o segmento tem uma crescente média de 25% ao ano. São vários exemplos, como paraquedismo, snowboard, campos que disponibilizam fuzil airsoft e skate. Inclusive, a CBSk (Confederação Brasileira de Skate) já informou que o esporte movimenta cerca de R$ 200 milhões por ano.
Não importa qual seja o esporte praticado. Todos têm suma importância em diversos sentidos, como aplicação de cultura, conexão social e também na economia, principalmente depois de anos difíceis enfrentando a pandemia de coronavírus.