GM de São José dos Campos propõe layoff com redução de salários, diz sindicato

Entidade entende que o layoff compromete a renda dos trabalhadores durante quatro meses


A adoção de layoff com redução de salários foi a proposta apresentada nesta segunda-feira (30), da General Motors para trabalhadores na planta de São José dos Campos. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos e Região-SindmetalSJC, a proposta foi apresentada à entidade por meio de videoconferência.

De acordo com o sindicato, a montadora aponta a medida como forma de prevenção ao coronavírus. No entanto, a diretoria da entidade entende que o layoff compromete a renda dos trabalhadores durante quatro meses. A proposta será apresentada aos metalúrgicos da fábrica, na tarde de hoje, às 16h, por meio de uma transmissão ao vivo pelo Facebook.com/sindmetalsjc.

A GM pretende reduzir os salários em até 25%, de acordo com a faixa recebida por cada trabalhador. O layoff começaria em 14 de abril. Nesse período, parte dos salários seria paga com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O restante seria pago pela GM.

Na videoconferência de hoje, o Sindicato posicionou-se contra a proposta da montadora. Uma nova reunião foi marcada para quarta-feira (1º).

Férias coletivas - Os trabalhadores da GM iniciaram hoje o período de férias coletivas para impedir a proliferação do coronavírus dentro da fábrica. A liberação dos funcionários foi uma reivindicação do Sindicato, mas por meio de licença remunerada e sem redução dos salários.

"A General Motors não precisa reduzir salários. É a primeira em produção de automóveis no país. Os trabalhadores têm o direito de permanecer em casa e receber o salário na íntegra", afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.

A General Motors possui cerca de 3.800 trabalhadores e produz o modelo S10 em sua planta de São José dos Campos.

O lado da GM - Aos meios de comunicação, a General Motors ainda não se manifestou sobre o assunto.