Nesta quarta-feira (26), o Governo de São Paulo recuou na decisão de liberar o funcionamento do comércio até as 22h a partir de 1° de junho, como foi anunciado na semana passa da pela gestão de João Doria (PSDB).
O estado de São Paulo está, desde 18 de abril, na chamada "fase de transição" do Plano São Paulo, que regula o funcionamento dos setores da economia.
Desde segunda-feira (24), o comércio foi autorizado a elevar a capacidade máxima de 30% para 40%. A capacidade máxima de funcionamento do comércio, que também tinha a previsão de ser ampliada para 60% no próximo mês, seguirá em 40%.
Durante a conferência o Governador João Dória afirma, "É a nossa recomendação, pois os indicadores da pandemia recomendam cautela nesse momento, e é cautela que nós estamos adotando".
Segundo o diretor do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, a elevação dos casos da doença fez o comitê revisar a recomendação e orientar o estado a não avançar nas flexibilizações.
"Tivemos essa avaliação de que não seria ainda o momento de avançar como havia sido pensado na semana passada. [...] Houve um aumento na incidência de casos, estávamos com 370 casos por 100 mil a cada 14 dias, hoje temos 418 casos por 100 mil, um aumento de 10% nessa incidência. Um aumento no número de internações é mais discreto, felizmente", defendeu Menezes.
A secretária Patrícia Ellen, reforçou para a necessidade de cumprimento das regras que hoje se encontram em vigor.
"Esse é um modelo que requer muita cautela, mas nós precisamos de fato cumprir esses protocolos e respeitar em especial o toque de recolher", disse a secretária.
Sem novas flexibilizações, todas as atividades econômicas serão mantidas em funcionamento até às 21h, com capacidade de 40% do público. O toque de recolher também deve seguir em funcionamento das 21h às 5h.