Janaina Claro/Sguardo Materno (Foto : Janaína Claro / Sguardo Materno)Embora seja um costume antigo entre povos indígenas, africanos e asiáticos, os carregadores de bebês vêm sendo descobertos por muitas mulheres modernas que aceitam o desafio de serem mães, dando continuidade a suas tarefas diárias. Isso inclui a prática de atividades físicas, sem que haja a necessidade delas se distanciarem de seus pequenos.
“Caminhadas leves, sessões de Pilates, alongamento e até mesmo modalidades mais tranquilas de dança podem trazer muitos benefícios para a mãe e para a criança”, conta Carine Enzweiler, mãe e empreendedora, que descobriu nesse mercado muito mais que um negócio: uma maneira de proporcionar praticidade e ao mesmo tempo estreitar os laços familiares. Hoje, à frente da Jenipano, a empresária coleciona história de mães que adaptaram tranquilamente suas vidas após a chegada de seus bebês.
Na casa da pedagoga Fernanda Porto, todos os momentos desde o nascimento das filhas Luíza e Lívia foram registrados. As fotos incluem aulas de Pilates e Yoga, atividades que foram possíveis graças ao Sling, uma das versões de carregadores. “O bebê é ativo, é observador. Ele vai percebendo as diferentes atividades que fazem parte do cotidiano dos pais, de forma natural”, diz Fernanda, que hoje assessora outras mães na utilização desse recurso.
Já Janaína Lacerda, mãe de Amora (4 anos) e Tiê (2 anos), conta com a ajuda dos carregadores para encarar as caminhadas durante os passeios em família. Ela e o marido já estão acostumados a roteiros que incluam as duas filhas, carregadas pelos dois. “Além do contato físico que faz tanto bem à criança, esse recurso nos garante mais autonomia, inclusive para as tarefas domésticas. É como se fosse um terceiro braço”, brinca Janaina.
Os benefícios dessa escolha são muitos. Segundo Carine, os carregadores acalmam, diminuem o choro, facilitam a adaptação à vida fora do útero, melhoram o sistema digestivo e facilitam a eliminação de gases, por exemplo. Para mamães e papais, carregar o bebê junto ao corpo permite também a criação um vínculo mais forte e traz mais confiança. “Dar colo não é questão de costume e sim de uma necessidade do ser humano”, argumenta.
Início da história Depois do nascimento do segundo filho, Carine passou a se dedicar aos estudos sobre a utilização das diversas versões dos carregadores. Em 2008, começou a frequentar cursos da “Arte de Bem Carregar Bebês”, em instituições da França e Suíça, passando a atuar como assessora de babywearing (profissional capacitado a indicar o melhor tipo de carregador e ensinar a maneira correta de utilizá-lo).
No ano seguinte, iniciou um processo de pesquisa para escolha do tecido mais adequado para confeccionar o produto e em 2013 retornou ao Brasil para lançar, em São José dos Campos, a Jenipano. Hoje, o carro-chefe da marca são os carregadores feitos em sarja cruzada. “Buscamos um pano adaptado ao clima brasileiro, que fosse seguro e que - ao mesmo tempo - proporcionasse conforto ao bebê, respeitando sua anatomia”, explica Carine.