MetrôRio celebra o Dia do Metroviário com trajetórias que movem a cidade

O Dia do Metroviário, comemorado neste domingo (26 de outubro), é uma oportunidade para reconhecer o trabalho essencial de mais de 2 mil profissionais que atuam no MetrôRio. Esses colaboradores são responsáveis por garantir a mobilidade de milhões de passageiros que circulam diariamente pelos 54 quilômetros de trilhos das linhas 1, 2 e 4, distribuídos em 41 estações pela cidade.

Desde a condução dos trens até o monitoramento ininterrupto no Centro de Controle Operacional (CCO), passando pela manutenção técnica e gestão administrativa, cada função desempenha papel fundamental para que o sistema opere com segurança e eficiência. Para marcar a data, o MetrôRio destaca histórias de profissionais que dedicaram anos de suas vidas ao transporte público carioca.

Pioneirismo feminino nos trilhos

Entre as trajetórias inspiradoras está a de Elza Maria Gonçalves Esteves, 52 anos, que há 27 anos integra o quadro de funcionários do metrô. Ela foi uma das primeiras mulheres a assumir a função de condutora de trem no sistema metroviário do Rio de Janeiro, quebrando barreiras em uma profissão historicamente masculina.

Há mais de 18 anos, Elza trabalha no turno da madrugada, período em que o metrô não está em operação comercial. Nesse horário, ela conduz os trens para manutenção preventiva e realiza testes operacionais que garantem a segurança dos passageiros durante o dia.

"Para me tornar condutora, passei por um processo seletivo rigoroso e exigente. Tudo o que conquistei na minha carreira foi através do MetrôRio. É extremamente gratificante fazer parte dessa equipe de metroviários. Tenho muito orgulho do que faço. Amo ser condutora e, quando trabalhamos com aquilo que nos apaixona, tudo se torna mais leve", declara Elza.

A condutora participou de marcos importantes na história do metrô carioca, como a expansão da Linha 1 e a implantação da Linha 4, que conectou a Zona Sul à Barra da Tijuca, transformando a mobilidade urbana da cidade.

Quatro décadas e meia de dedicação

Outro nome de destaque é Sérgio Carneiro, que acumula impressionantes 45 anos de experiência no sistema metroviário. Sua jornada começou em 1977, quando o metrô do Rio ainda estava em fase de construção. Sérgio ingressou como encarregado de energia e testemunhou a transformação de um canteiro de obras em um dos principais sistemas de transporte da cidade.

A partir de 2002, Sérgio passou a atuar na área administrativa da manutenção, onde desempenhou papel crucial na modernização do sistema. Ele foi responsável pela automatização da operação das subestações de energia e liderou a implementação de um sistema unificado de processos, contribuindo para a eficiência operacional do metrô.

"Acompanhei de perto o metrô sendo construído e vi como ele transformou a dinâmica de transporte da cidade. Tenho orgulho de ter contribuído para manter o metrô funcionando e a cidade em movimento durante tanto tempo", relata Sérgio, cuja trajetória se confunde com a própria história do MetrôRio.

Do sonho à supervisão operacional

Douglas Amâncio celebra em 2025 duas décadas de trabalho no MetrôRio. Sua trajetória começou em 2005, quando ingressou na empresa como agente de segurança. Em 2011, realizou uma transição de carreira ao se tornar condutor de trem, função que exerceu por vários anos.

Ao longo de sua jornada, Douglas acumulou experiência em diferentes áreas operacionais, o que o preparou para alcançar, em 2024, o cargo de supervisor do Centro de Controle Operacional (CCO) ? o coração tecnológico do metrô, responsável pelo monitoramento em tempo real de toda a operação.

"Esse cargo era meu sonho desde que comecei a trabalhar como condutor. Meus colegas mais próximos sabiam disso e ficaram muito felizes por mim quando consegui. Passar por todas as funções que exerci foi fundamental para adquirir a experiência e o conhecimento necessários para desempenhar a função de supervisor do CCO", conta Douglas.

Ele participou de operações especiais marcantes, como a Jornada Mundial da Juventude (2013) e a Copa do Mundo (2014), eventos que exigiram planejamento logístico complexo e ampliação temporária da capacidade operacional do sistema.

O papel estratégico do metroviário

Os profissionais do MetrôRio desempenham funções que vão muito além da operação visível aos passageiros. O sistema depende de uma complexa rede de especialistas em engenharia, manutenção elétrica e mecânica, tecnologia da informação, segurança, atendimento ao público e gestão operacional.

O Centro de Controle Operacional funciona 24 horas por dia, monitorando em tempo real a circulação dos trens, o funcionamento das estações, os sistemas de energia e comunicação, além de coordenar respostas rápidas a qualquer intercorrência. A manutenção preventiva e corretiva é realizada continuamente, garantindo a segurança e a confiabilidade do sistema.

O MetrôRio transporta diariamente centenas de milhares de passageiros, sendo fundamental para a mobilidade urbana do Rio de Janeiro. O sistema conecta importantes regiões da cidade, desde a Zona Norte até a Zona Sul e a Barra da Tijuca, reduzindo o tempo de deslocamento e contribuindo para a redução do tráfego de veículos nas vias.

Reconhecimento e valorização

O Dia do Metroviário é uma data instituída para reconhecer a importância desses profissionais que garantem o funcionamento de um dos principais meios de transporte público do país. A celebração destaca não apenas a competência técnica, mas também a dedicação, o comprometimento e a paixão que esses trabalhadores demonstram diariamente.

As histórias de Elza, Sérgio e Douglas representam milhares de outros metroviários que, muitas vezes nos bastidores, trabalham para que o sistema opere com excelência. São profissionais que enfrentam desafios diários, trabalham em turnos alternados, incluindo madrugadas, finais de semana e feriados, para garantir que a população tenha acesso a um transporte seguro e eficiente.