O estado de São Paulo liderou na geração de novas vagas de emprego formais no Brasil em setembro. Foram abertos mais 61.167 novos postos com carteira assinada. No acumulado desde o início do ano, o saldo de novas vagas chega a 595.984.
As informações são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência, nesta quarta-feira (26).
O setor de Serviços foi o grande destaque de São Paulo, com 33.600 novos empregos formais em setembro, principalmente em atividades de informação, comunicação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. O setor de Comércio também apresentou crescimento positivo, com saldo de 12.854 postos de trabalho abertos.
A Região Sudeste, impulsionada pela alta criação de empregos e pelo bom desempenho dos estados, foi a que apresentou o maior número do país de novas vagas com carteira assinada. No total, foram 108.219 novos postos em setembro. Pela ordem, São Paulo é o primeiro na lista. Na sequência está Minas Gerais (23.723), Rio de Janeiro (15.382) e Espírito Santo (7.947).
Números nacionais
O Brasil segue em curva ascendente na geração de empregos, todas as Unidades da Federação apresentaram saldo positivo no número de empregos formais criados em setembro. No total, foram geradas 278.085 novas vagas em todo o país no mês. Com isso o estoque de trabalhadores com carteira assinada alcançou novo recorde histórico, chegando a mais de 42,8 milhões de trabalhadores formais.
Apenas neste ano, entre janeiro e setembro, o Brasil gerou mais de 2,14 milhões de novas vagas. Nos últimos 12 meses, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, registrou-se um saldo positivo de mais de 2,4 milhões de postos formais. Os dados são do Novo Caged, criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Todos os cinco grandes setores econômicos -- serviços, indústria, comércio, construção civil e agropecuária -- registraram saldos positivos. O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com saldo de mais 122.562 postos de trabalho formais. O segundo maior crescimento ocorreu no setor do comércio (57.974), seguido da indústria (56.909), construção civil (31.166) e agropecuária (9.474).
Ainda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há indícios da recuperação continuada do mercado de trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pela instituição, a taxa de desemprego no país segue em queda e chegou a 8,9% no trimestre encerrado em agosto, o que representa uma diminuição de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em maio.