Um espetáculo de cores e de formas. É assim que as orquídeas podem ser definidas e é por este motivo que são tão populares. Antes restrito a um grupo seleto de pessoas por causa do alto preço, hoje está mais acessível.
No Paraná, por exemplo, a orquídea é o segundo maior produto cultivado, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), com 200 mil unidades por ano. Não só floriculturas de Curitiba vendem essa espécie, como outras cidades paranaenses. As orquídeas cultivadas na região também são exportadas para outros estados.
Outro local onde esse tipo de flor faz muito sucesso é na cidade de Holambra, no interior do estado de São Paulo, um dos maiores produtores e distribuidores de flores do país. A orquídea que faz mais sucesso é do gênero phalaenopsi, semelhantes a borboletas e com um colorido impressionante.
Algumas razões podem ser apontadas para a popularização da espécie. Houve uma queda de preço para o consumidor final por causa do aumento de novos produtores de orquídeas. Elas são fáceis de cuidar, possuem longa duração e florescem a cada seis meses. Todos esses fatores motivaram o interesse pela espécie, capaz de enfeitar variados ambientes.
Além disso, os produtores passaram a usar tecnologias mais avançadas para o cultivo das flores. Inspirados pelos holandeses, começaram a usar estufas mais altas, com três tipos de sombreamento e 15% a mais de espaço para comportar as plantas do que as estufas tradicionais.
A tecnologia também permite a automação da mão-de-obra. Com isso, é possível produzir o dobro de plantas com a metade do número de funcionários, e encurtar o ciclo de ´produção de 10 para oito semanas. Toda essa redução de custos e velocidade no cultivo faz com que novas orquídeas cheguem aos estabelecimentos com maior rapidez e em maior quantidade, para serem compradas por um preço mais acessível pelos consumidores.