Pedalar ao ar livre é recomendado pela OMS trazendo benefícios para corpo e mente

Em 2020, o aumento de vendas de bicicletas foi em média de 50% em comparação a 2019


Desde o início da pandemia, o ciclismo tem se tornado uma opção de exercício físico e meio de locomoção considerado de menor risco, trazendo ainda, benefícios para corpo e mente. Ano passado a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendou se deslocar, sempre que possível, de bicicleta ou em caminhada.

"Essas atividades fornecem distanciamento físico e ao mesmo tempo ajudam a manter o mínimo de atividade física diária", informou o órgão.

Muitos brasileiros seguiram essa recomendação, e segundo levantamento realizado pela Aliança Bike, em 2020, o aumento de vendas de bicicletas foi, em média, de 50% em comparação a 2019. 

Carlúcio RezendeCarlúcio Rezende (Foto : Divulgação)Praticantes do ciclismo perceberam o movimento relatado pela pesquisa. "Percebi um aumento do valor e uma redução da disponibilidade de modelos no mercado", afirmou o empresário Carlúcio Rezende, de 48 anos, que pratica o esporte desde 2016, por recomendação médica.

"Tive recomendação de fazer atividade física sem esforço para a coluna e andar de bicicleta foi uma opção dada pelo próprio médico", conta ele, que criou até um grupo de pedal entre os moradores do Residencial Aldeia do Vale, em Goiânia, onde reside há sete anos.

O professor universitário Rodrigo Barbosa Campos, de 48 anos, é outro praticante do ciclismo que mora no mesmo condomínio. Ele trocou a academia pelo pedal ao ar livre e se alegra com os benefícios, que considera terapêuticos.

"Entre ir para academia e pedalar, eu prefiro pedalar, pois tenho resultados melhores para o corpo e ainda fico em contato com ar puro. Quando andamos de bicicleta a cabeça fica mais leve, é um estado de espírito de paz, trás uma leveza e acaba sendo uma terapia", afirma ele, que costuma pedalar 20km a 30km diariamente.

O professor estimulou até o pai, de 79 anos, que também mora no Aldeia do Vale, a voltar a praticar o esporte. "Meu pai pedala de duas a três vezes por semana. Para a idade dele, acredito que é um exemplo", completa.