Os petroleiros e petroleiras da Refinaria Henrique Lage, a Revap de São José dos Campos, entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (30). O grupo se reuniu na porta da refinaria para protestar contra o aumento dos combustíveis e a privatização da Petrobrás.
No período da manhã, os trabalhadores do Grupo 2 e do horário administrativo da refinaria pararam. No período da tarde, uma nova mobilização ocorrerá na porta da refinaria na entrada do turno das 15h.
Segundo o Sindipetro, sindicato da categoria, na pauta de reivindicações estão a redução no preço dos combustíveis, não à privatização e ao processo de desmonte da Petrobras, em defesa dos empregos e a saída de Pedro Parente da presidência da empresa.
"Essa política já se mostrou ineficiente. A população não concorda com o reajuste quase diário dos combustíveis e gás de cozinha. O apoio popular à greve dos caminhoneiros e, agora, à greve dos petroleiros, tem deixado isso muito claro. Queremos uma Petrobras brasileira para que o país tenha combustíveis a preços mais acessíveis para todos", disse o presidente do Sindipetro/SJC, Rafael Prado.
A Revap não se pronunciou sobre a greve. Já a Petrobras informou em nota que, junto da AGU (Advocacia Geral da União), entrará com pedido de liminar no TST (Tribunal Superior do Trabalho) contra a greve, que ocorre em diversos pontos do País, por serem abusivas e para incomodar. Caso a liminar seja descumprida, os sindicatos terão que pagar R$ 500 mil de multa diária. Também fica proibido aos manifestantes travar a entrada e saída de mercadorias das refinarias.