Com as mutações do vírus influenza e os estudos realizados pelos profissionais da biomedicina, torna-se possível o combate da gripe e suas consequências
Com a proximidade do inverno, os postos de saúde do Brasil estão a postos para a tradicional campanha de vacinação contra a gripe, porém muitas pessoas ainda questionam o fato de terem que se vacinar anualmente para o combate a esta doença; para tanto, temos que entender que a gripe é uma doença respiratória provocada pelo vírus da influenza. No nosso país, identificamos 3 tipos desse vírus: A, B e C; a sua transmissão ocorre pelo contato das partículas eliminadas, contato com a mão, ou ainda objetos contaminados pelas secreções das pessoas doentes.
As características da gripe são: infecção das vias aéreas, que provoca febre acima de 38 graus, tosse seca, mal-estar, dor no corpo, dor de cabeça e dor de garganta; sintomas estes que podem durar em média 3 dias. E se não tratada, pode levar as pessoas a óbito, já que a maior consequência é a pneumonia e também se a pessoa já possuir alguma comorbidade significativa; por esta razão, a atenção especial é para os idosos, portadores de doenças crônicas, crianças abaixo de 5 anos de idade e gestantes.
Mas a pergunta é: por que devo tomar a vacina todo ano? A razão é a adequação da mesma ao vírus atual em circulação, ou seja, ele sofre mutações que modificam sua estrutura, e surge uma série de subtipos, análise esta realizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), cujo objetivo é reduzir e evitar uma série de complicações na saúde da população mundial, inclusive orientam que a vacina seja aplicada antes do início do inverno, onde o ar é mais frio e seco, além das pessoas ficarem mais em ambientes fechados.
No Brasil, a campanha de vacinação da gripe ocorre nos meses de abril e maio, e a imunização ocorre cerca de 2 a 3 semanas após a vacina, de acordo com o Ministério da Saúde, e sua proteção estende-se por aproximadamente 1 ano. Um dado importante aponta que a vacina da gripe é segura e eficaz, porém existem algumas contraindicações, tanto é que não recebem o imunizante crianças abaixo de 6 meses de idade e pessoas cujo histórico de saúde apresenta anafilaxia a doses anteriores.
Ressalta-se que a vacinação gratuita no nosso país é encontrada nas Unidades Básicas de Saúde para aplicação nos grupos prioritários: crianças menores de 6 anos, profissionais da saúde, da educação, do sistema prisional, da força de segurança e salvamento, gestantes, puérperas, povos indígenas, população privada de liberdade, adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos sob medidas socioeducativas, idosos acima de 60 anos, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. A vacina também pode ser aplicada em clínicas especializadas para as pessoas que não se incluem nestes grupos, mediante pagamento.
A melhoria na qualidade de vida das pessoas tem ocorrido graças aos profissionais que estudam no curso de biomedicina, cujo foco está na identificação, classificação e no estudo dos microrganismos que causam as doenças; desta forma, é essencial no processo de produção de vacinas.