Trabalhadores da General Motors vivem há dois dias um estado de desconforto, após comunicado interno em que a empresa considera a possibilidade de encerrar as atividades de suas montadoras na América do Sul. O memorando divulgado na sexta-feira (18) pelo presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, foi criticado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Filiado à CP-Conlutas, o sindicato diz que a GM instaura um clima de apreensão entre os trabalhadores, afirmando que 2018 foi um ano de prejuízos para as plantas da América do Sul e que 2019 será decisivo para o futuro da fábrica. A empresa menciona a possibilidade de deixar a região. De acordo com o sindicato, a GM detém 20% do mercado brasileiro e não está em crise financeira.
Segundo a entidade sindical, os planos de reestruturação mundial da empresa são dignos de repúdio de toda a sociedade. "Em nome do lucro, a GM pretende demitir milhares de pais e mães de família em sete fábricas nos Estados Unidos, Canadá e, pelo que se sinaliza, América do Sul. Se for concretizada, a medida levará as cidades atingidas a passarem por inevitáveis tragédias sociais.", diz a nota enviada para a imprensa.
Na próxima terça-feira (22), às 11h, a GM e os Sindicatos de São José dos Campos e São Caetano irão se reunir para discutir o assunto. O encontro será em São José, onde as entidades sindicais e trabalhadores pretendem se manifestar contra o possível fechamento das fábricas no Brasil .
A General Motors ainda não se pronunciou sobre as criticas da entidade.