Sindicato repudia planos da General Motors de fechar fábricas na América do Sul

Entidades de São Jose dos Campos São Jose dos Campos se reúnem com representantes da montadora na terça-feira (22)


SindmetalSJC diz que GM instaurou um clima de apreensão entre os trabalhadoresSindmetalSJC diz que GM instaurou um clima de apreensão entre os trabalhadores (Foto : SindimetalSJC)

Trabalhadores da General Motors vivem há dois dias um estado de desconforto, após  comunicado interno em que a empresa considera a possibilidade de encerrar as atividades de suas montadoras na América do Sul. O memorando divulgado na sexta-feira (18) pelo presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, foi criticado pelo  Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Filiado à CP-Conlutas, o sindicato diz que a GM instaura um clima de apreensão entre os trabalhadores, afirmando que 2018 foi um ano de prejuízos para as plantas da América do Sul e que 2019 será decisivo para o futuro da fábrica. A empresa menciona a possibilidade de deixar a região. De acordo com o sindicato, a GM detém 20% do mercado brasileiro e não está em crise financeira.

Segundo a entidade sindical, os planos de reestruturação mundial da empresa são dignos de repúdio de toda a sociedade. "Em nome do lucro, a GM pretende demitir milhares de pais e mães de família em sete fábricas nos Estados Unidos, Canadá e, pelo que se sinaliza, América do Sul. Se for concretizada, a medida levará as cidades atingidas a passarem por inevitáveis tragédias sociais.", diz a nota enviada para a imprensa.

Na próxima terça-feira (22), às 11h, a GM e os Sindicatos de São José dos Campos e São Caetano irão se reunir para discutir o assunto. O encontro será em São José, onde as entidades sindicais e trabalhadores pretendem se manifestar contra o possível fechamento das fábricas no Brasil .

A General Motors ainda não se pronunciou sobre as criticas da entidade.