Com paralização realizada ainda na quinta-feira (6) e novas manifestações na manhã desta sexta-feira (7) em frente a prefeitura de São José dos Campos, os grupos sindicais da região prostestaram pelas reduções nas participações de lucro e riscos que precisam se submeter para trabalhar durante a pandemia.
Na manhã desta sexta-feira (7), sindicatos realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de São José dos Campos. Vestidos de preto e segurando cruzes e cartazes, os manifestantes protestaram contra a política de flexibilização da prevenção à Covid-19 adotada pelo prefeito Felicio Ramuth (PSDB).
Manifestações em fábricas
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos também vai realizar manifestações em frente a fábricas da região. Todas as atividades serão realizadas com medidas de prevenção à Covid-19. Sindicatos de outras categorias também estão organizando atividades em suas bases.
Onze centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, estão na linha de frente do Dia Nacional de Luto e de Lutas, que tem como principal bandeira o Fora Bolsonaro e Mourão. Também está na pauta de reivindicações a adoção de quarentena geral de 30 dias e renda digna para todos os trabalhadores.
"Neste dia de manifestações, os metalúrgicos estarão na luta em defesa da vida, do emprego e direitos dos trabalhadores. Vamos usar nossa força para denunciar os graves ataques que o governo Bolsonaro e Mourão está realizando contra a classe trabalhadora e a favor do empresariado. O povo tem de exigir a saída de Bolsonaro do poder para que o Brasil saia desta grave crise econômica e sanitária", afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
Redução na PLR
Ainda ontem, na quinta-feira, os trabalhadores da fábrica Novelis, em Pindamonhangaba, fizeram mais uma paralisação contra a redução da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Esse foi o terceiro protesto pelo mesmo motivo. Outras paralisações ocorreram no dia 29 e também na noite de sexta-feira, dia 31.
Segundo o Sindicato, a fábrica também é a que tem mais casos de funcionários com Covid-19, com 35 trabalhadores. A Novelis atua no ramo do alumínio e emprega atualmente 1.300 pessoas em Pinda.
Posicionamento da Novelis (Atualizado em 10/08)
Após a paralisação de quinta-feira, a empresa se manifestou e alegou que "para evitar redução do quadro de funcionários, a empresa precisou adotar uma série de medidas para redução de custos e manutenção da competitividade do negócio, como congelamento de novas contratações e de serviços de terceiros não essenciais, bem como redução do bônus dos executivos e PPR de seus profissionais".
A Novelis também reforçou o fato de que vem apoiando a Secretaria de Saúde e de Assistência Social de Pindamonhangaba para superar este difícil momento. A empresa alegou ainda que respeita as atividades desenvolvidas pelos sindicatos de classe, prezando o diálogo transparente entre as partes.