Buscas por vítimas de queda de avião em Santa Branca percorreram toda a madrugada; Ninguém ainda foi identificado

Segundo moradores da região, o acidente foi precedido por um ruído que parecia uma falha no motor, seguido por uma explosão.


As buscas pelas vítimas do acidente aéreo em Santa Branca, no interior de São Paulo, avançaram durante a madrugada desta quinta-feira (24). Equipes do Corpo de Bombeiros enfrentaram adversidades causadas pela chuva e pelo terreno de difícil acesso, mas continuaram os trabalhos de identificação das vítimas. Por volta da 1h, a corporação seguia operando na área, onde a aeronave caiu em meio a uma mata fechada.

Na manhã desta quinta (24), o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo confirmaram que cinco pessoas estavam a bordo do avião e que ninguém sobreviveu ao acidente. O avião de pequeno porte, um Embraer-121 Xingu, com capacidade para oito assentos, desapareceu dos radares às 18h39 de quarta-feira (23), durante uma tempestade. Ele partiu de Florianópolis (SC) com destino a Belo Horizonte (MG).

O capitão Diniz, do Corpo de Bombeiros, descreveu os desafios das buscas: "É um local de difícil acesso, a visibilidade é baixa e a geografia da região dificulta bastante, com terreno inclinado e mata fechada. Seguimos as buscas durante toda a noite, esperando uma melhor iluminação para facilitar o trabalho".

De acordo com Diniz, foram encontrados diversos documentos e equipamentos médicos entre os destroços. O local foi totalmente isolado, devido ao risco de incêndio, já que havia combustível derramado na área. "Chegamos e ainda havia fogo. O cheiro de combustível é muito forte, então há risco. Estamos aguardando a perícia da Força Aérea e da Polícia Científica para a liberação do local", disse o capitão.

Ainda segundo moradores da região, o acidente foi precedido por um ruído que parecia uma falha no motor, seguido por uma explosão. As equipes de resgate chegaram ao local por volta das 23h, quando encontraram a aeronave destruída.

O Salvaero, centro da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelas operações de busca e salvamento, coordena os trabalhos no local, que também contam com a participação da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. A FAB já enviou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) para realizar a Ação Inicial e apurar as causas do acidente. A investigação ainda está em fase inicial.