Morar em regiões metropolitanas no Brasil oferece uma experiência única, marcada pela intensidade e diversidade da vida urbana. Essas áreas, caracterizadas pela concentração de pessoas, infraestrutura desenvolvida e uma vasta gama de serviços, proporcionam oportunidades profissionais, culturais e educacionais que podem ser enriquecedoras.
Ao longo da história do país, a busca por melhores oportunidades em grandes centros sempre foi uma tendência, com pessoas que migram buscando melhores oportunidades costumam procurar as capitais como fonte de empregos e qualidade de vida.
Atualmente, existe uma nova forma de migração que toma conta do país - a migração pendular, constituída pelo deslocamento diário de moradores das regiões metropolitanas para as capitais para trabalho ou busca de serviços. Esse fenômeno mostra que, cada vez mais, os brasileiros procuram locais mais calmos e acessíveis para morar, ainda que tenham que realizar deslocamentos maiores no dia a dia.
De acordo com o artigo Movimento pendular e perspectivas de pesquisas em aglomerados urbanos, de Rosa Moura - que estuda este fenômeno brasileiro - nas principais regiões metropolitanas do país, cerca de 40% da população das cidades menores se desloca para as capitais para trabalhar ou estudar. Para esses cidadãos, a tranquilidade e os menores preços oferecidos, muitas vezes, pelas regiões metropolitanas são essenciais para uma boa qualidade de vida.
Para melhor entendimento dos benefícios de morar em uma região metropolitana, confira a lista abaixo!
Serviços públicos
Ao contrário do que se pensa no senso comum, cidades menores, principalmente localizadas em regiões metropolitanas - que possuem fácil acesso ao desenvolvimento trazido por capitais, porém são menores em território e população -, tendem a possuir serviços públicos mais eficazes do que os grandes centros.
Segurança, saúde e infraestrutura são alguns dos motivos pelos quais famílias preferem morar em locais um pouco mais afastados dos centros urbanos.
Custo-benefício
De acordo com dados do último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o "êxodo" de pessoas das capitais para cidades das regiões metropolitanas se intensificou, principalmente após o período pandêmico vivido no Brasil. Com o isolamento social, as pessoas perceberam a necessidade de moradias maiores, com maior infraestrutura.
Com essa necessidade, surgiu a vontade de procurar locais com maior custo-benefício de moradias e iniciou-se, portanto, este movimento migratório. As cidades menores próximas a centros urbanos costumam oferecer serviços de mesma qualidade por preços menores e mais acessíveis, incluindo também os valores do mercado imobiliário.
Trânsito
Os engarrafamentos e acidentes diários são um mal comum de capitais e centros urbanos em todo o Brasil. A alta circulação de veículos faz com que moradores percam horas em trajetos simples e diários, como ida e volta do trabalho.
Nas cidades da região metropolitana, ainda que também afetadas, o trânsito costuma ser mais tranquilo e possuir um número menor de engarrafamentos diários. Isso porque o fluxo de carros tende a ser menor nesses locais.
Além disso, para aqueles migrantes pendulares, que saem das regiões para trabalhar nas metrópoles, é muito comum que cidades metropolitanas e seus centros possuam rodovias diretas que ligam ambas, e costumam possuir trânsito expresso, o que facilita bastante os deslocamentos diários.
O aluguel de carros em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, é um serviço muito procurado por moradores que, com o trânsito tranquilo, buscam maior conforto para seus deslocamentos. Seguindo a linha de melhor custo-benefício, este serviço costuma ter menor valor nas cidades menores.