Corpo de Bombeiros encontra caixa-preta de avião que caiu em Santa Branca

A análise do conteúdo será realizada no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) em Brasília (DF).


O Corpo de Bombeiros confirmou que localizou a caixa-preta do avião de pequeno porte que caiu em uma área de mata em Santa Branca, no interior de São Paulo, na noite de quarta-feira (23). Os cinco ocupantes da aeronave morreram no acidente. Após resgatar os corpos, a equipe do Corpo de Bombeiros apoiou a Força Aérea Brasileira (FAB) nas buscas, que resultaram na localização do gravador de voz da cabine (Cockpit Voice Recorder - CVR).
 
 
A caixa-preta foi entregue ao Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão vinculado ao Cenipa, que conduz a investigação do acidente. A análise do conteúdo será realizada no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) em Brasília (DF). Este modelo de avião, mais antigo, possui um gravador que registra apenas as conversas entre piloto e copiloto, mas não armazena dados de voo como altitude, velocidade ou pressão atmosférica, essenciais para traçar o que pode ter ocorrido nos minutos finais antes da queda.
 
Em nota, o Cenipa ressaltou que a função da caixa-preta é investigar as causas do acidente para evitar que ocorrências semelhantes se repitam, e não para determinar culpa. As caixas-pretas, apesar do nome, são pintadas de laranja para facilitar a localização em cenários de desastres.
 
Acidente deixa cinco mortos
 
A queda do avião ocorreu em uma área próxima à Estrada do Caetê, na divisa de Santa Branca com Paraibuna. A aeronave, um Embraer-121 Xingu, partiu de Florianópolis (SC) com destino a Salvador (BA), fazendo uma escala planejada em Belo Horizonte (MG) para abastecimento. Às 18h39, o avião desapareceu dos radares, e moradores da região relataram ouvir um ruído que parecia indicar uma falha de motor, seguido de um estrondo.
 
As vítimas do acidente foram identificadas como:
 
Jefferson Rodrigues Ferreira - comandante
Dulcival da Conceição Santos - copiloto
Sylvia Rausch Barreto - médica
Erisson Silva da Conceição Cerqueira - enfermeiro
Joseilton Borges - mecânico de aeronaves
 
Todos os cinco mortos residiam em Salvador, e a aeronave pertencia à Abaeté Aviações, empresa de táxi aéreo com sede na capital baiana.