Gerdau em Pindamonhangaba enfrenta protesto de funcionários contra demissões em setor de cilindros

Paralisação ocorre após anúncio de fechamento de setor responsável por 400 empregos na unidade.


Funcionários da unidade da Gerdau em Pindamonhangaba realizaram uma paralisação nesta segunda-feira (15) em protesto contra demissões em massa. A empresa anunciou ao Sindicato dos Metalúrgicos que vai encerrar, até o fim do ano, o setor de cilindros, que emprega cerca de 400 trabalhadores.
 
 
A fábrica é referência na produção de aços especiais para a indústria automotiva. O setor atingido, responsável por fabricar cilindros utilizados em processos de laminação, já havia passado por uma parceria com grupos japoneses desfeita há dez meses.
 
O sindicato afirma que a situação não se trata de crise financeira. De acordo com o presidente André Oliveira, a companhia mantém investimentos e distribuiu R$ 641 milhões em dividendos no primeiro semestre. "A Gerdau vai deixar famílias desempregadas porque esse segmento de negócio não está atingindo a margem de lucro que ela quer. Não houve abertura para negociar alternativas ou remanejamento dos trabalhadores", disse.
 
A Gerdau conta atualmente com cerca de 2 mil empregados diretos e outros 400 terceirizados em Pindamonhangaba. O sindicato não descarta novas manifestações e até mesmo a possibilidade de greve.
 
Nota da Gerdau: 
 
A Gerdau confirma a descontinuidade da linha de produtos fundidos na área de cilindros na unidade de Pindamonhangaba (SP) a partir de dezembro 2025. A decisão reflete o cenário desafiador da indústria nacional do aço em função da entrada excessiva do aço importado e a estratégia da Companhia de focar em ativos com maior competitividade e rentabilidade. A Gerdau reforça que mantém diálogo constante com o sindicato e o seu compromisso no cuidado com as pessoas.