Greve dos coletores em Jacareí entra no 4º dia; moradores enfrentam acúmulo de lixo
A paralisação já impacta diversos bairros, como Cidade Salvador, onde o lixo está sendo acumulado nas esquinas para minimizar o mau cheiro.
A greve dos coletores de lixo em Jacareí chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (6), após assembleia realizada pela manhã, onde os trabalhadores decidiram manter a paralisação. Segundo o Sindicato dos Condutores e o Siemaco, cerca de 600 funcionários da empresa Ambiental, responsável pelo serviço de limpeza pública, não receberam o ticket-alimentação e o vale-refeição.
De acordo com Ronaldo Costa, presidente do Sindicato dos Condutores, o problema com os pagamentos vem ocorrendo desde o ano passado. "Na última quinta-feira foi a questão do ticket-alimentação e do vale-refeição. Não foi pago, e não temos uma posição da empresa ou previsão de pagamento. A Prefeitura garantiu que vai resolver o problema de uma forma ou de outra", afirmou.
Acúmulo de lixo e medidas emergenciais
A paralisação já impacta diversos bairros, como Cidade Salvador, onde o lixo está sendo acumulado nas esquinas para minimizar o mau cheiro.
Em resposta, a Prefeitura de Jacareí montou pontos emergenciais de coleta, que funcionarão enquanto durar a greve. Confira os locais:
LEV Jardim Santa Maria: Av. Malek Assad, 725
LEV Jardim Elza Maria: Rua Antônio Ferreira Rizzini, 750
LEV Altos de Santana II: Av. Gilda Parente Greco, 95
Aterro Sanitário: Rua Bom Jesus, 1.100
Prefeitura notifica empresa e promete multa
O prefeito Celso Florêncio (PL) informou que a empresa Ambiental foi notificada e recebeu um prazo de três horas para normalizar o serviço, sob pena de multa. "Eles ainda não voltaram. Vamos multar a empresa até que o serviço seja retomado", declarou.
O prefeito também destacou que, em 2024, a Ambiental recebeu cerca de R$ 100 milhões, mas deve R$ 60 milhões em reequilíbrio econômico-financeiro.
Histórico de paralisações
Em dezembro, os coletores já haviam realizado uma greve devido ao atraso no pagamento de benefícios, como o 13º salário. A paralisação durou dois dias e impactou mais de 40 bairros. Na ocasião, cerca de mil funcionários aderiram ao movimento, que só foi encerrado após o pagamento dos valores pendentes.
A situação segue sem previsão de solução, enquanto a população lida com os transtornos causados pela paralisação.
