A cadeirante Fabiana Lofrano realizou a apresentação de sua obra coreográfica "Khalo quando não me veem" para 20 turmas de alunos que puderam experienciar momentos do espetáculo na EMEF Ernani de Barros Morgado.
O projeto foi inscrito e contemplado nos editais da Lei Paulo Gustavo, que disponibilizou recursos para o setor cultural.
Jovens do 9º ano foram convidados a participar e a produzir o mural, que serviu de cenário para a dança. A apresentação coincidiu com um trabalho que já estava sendo desenvolvido por estes alunos que produziram releituras das obras de Frida Khalo, pautada no sentido de superação e empatia.
Todos os presentes se emocionaram quando no final os alunos contaram como foi se colocar no lugar do outro, no caso, da cadeirante.
Fabiana justifica a necessidade de trabalhar a temática da deficiência a partir da perspectiva de um deficiente, explorando a questão da acessibilidade em todos os sentidos, uma vez que, segundo ela, a arte não deve ser acessível apenas para ser vista, mas também para ser criada e vivenciada por todos.
A mexicana Frida Khalo foi inspiração, já que além da poliomielite, um acidente a fez conviver com deficiências físicas ao longo de sua trajetória. O principal objetivo, no entanto, é trabalhar aspectos como acesso e acessibilidade.
ACESSIBILIDADE
O acesso é porque a apresentação é gratuita e pode ser executada em qualquer espaço público, possibilitando a pessoas que não tenham oportunidade de frequentar manifestações artísticas possam vivenciar a dança em locais diversos. O tema acessibilidade será apresentado tanto para quem assiste quanto para quem participa da obra. Outra característica é a interação com o público, incentivado a experimentar sensações, como o manuseio da cadeira de rodas e interferir em trechos pré-determinados da coreografia.
O projeto prevê discussões com os alunos do Sistema Municipal de Ensino sobre a temática desenvolvida.