São José dos Campos recebe 21ª edição da Competição SAE BRASIL AeroDesign

Competição reunirá universitários de norte a sul do Brasil (16 estados e Distrito Federal) e do Exterior (Venezuela e México) nos dias 24 a 27 de outubro, no DCT


São José dos Campos recebe 95 aviões para a 21ª edição da Competição SAE BRASIL AeroDesign, que será realizada nos dias 24 a 27 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).  

Neste ano, estão inscritas 95 equipes de 79 instituições de ensino superior do Brasil (17 estados e Distrito Federal) e do Exterior (México e Venezuela), 60 competem na categoria Classe Regular, 10 na Classe Advanced e 25 na Classe Micro. São mais de 1,3 mil participantes inscritos. 

O estado líder em participação é São Paulo, com 26 equipes, seguido de Minas Gerais, com 18. Rio Grande do Sul será representado por 9 equipes, Paraná conta com 6 equipes, e Santa Catarina com 7. Rio de Janeiro conta com 4 equipes.  Rio Grande do Norte e Distrito Federal contam com 3 equipes cada. Espírito Santo,  Bahia, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Mato Grosso e Amazonas levam 2 equipes cada. Ceará, Mato Grosso do Sul e Sergipe conta com 1 equipe cada. Do exterior, uma equipe é da Venezuela e uma do México.

Aeronaves - Com mudanças no Regulamento da Competição, as 95 equipes enfrentarão novos desafios, conforme as categorias Micro, Regular e Advanced. Na Classe Micro concorrem 25 equipes. Nesta categoria, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões - exceto chumbo. Para 2019, as equipes têm o desafio de executar duas missões distintas: missão LAPES (Low-Altitude Parachute-Extraction System), em que as equipes deverão lançar a carga durante os voos com o uso de paraquedas para aumentar a pontuação da equipe, e/ou missão baixa densidade, em que a aeronave deverá transportar uma única carga paga na forma de um paralelepípedo com proporções fixas, tentando maximizar o peso máximo e o espaço.

Nesta categoria não há restrição de geometria ou número de motores - todos elétricos -, porém as equipes deverão ser capazes de desmontar o avião depois dos voos e transportar a aeronave desmontada em caixa de volume de 0,030 m³.

Na Classe Regular, que tem 60 equipes inscritas, os aviões deverão ter dimensões compatíveis com as restrições de tamanho, onde a soma da envergadura (comprimento da maior asa) e comprimento da aeronave (da ponta do motor até o final da aeronave) deve ser no máximo 3,70 metros. A categoria segue restrita a avião monomotor. As aeronaves poderão transportar como carga útil, materiais de qualquer tipo e dimensões, exceto chumbo.

Na Classe Advanced, com 10 equipes, os aviões seguem com o desafio de avançar na eletrônica embarcada. Além do tempo de voo, os sistemas a bordo deverão computar informações de voo e eficiência aerodinâmica. Além disso, o sistema embarcado deve detectar e fotografar alvos posicionados em solo e transmiti-los ao vivo via sistema para uma estação no solo. Permanece opcional a escolha do tipo de propulsão (combustão ou elétrica). A única restrição relativa à motorização é a tração estática máxima (a potência entregue pelos motores segundos antes do início da corrida de decolagem é restrita). A exemplo da Classe Regular, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões, exceto chumbo.

Provas - As avaliações são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme regulamento. Na Competição de Projeto, as equipes realizam apresentações orais dos projetos para a Comissão Técnica da Competição, formada por engenheiros da indústria aeronáutica. Na Competição de Voo, os aviões passam por baterias de voos e devem ser capazes de decolar e transportar cargas sempre crescentes, até as condições limite do projeto. Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma da Advanced e uma da Classe Micro, que obtiverem as melhores pontuações, ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2020, nos EUA, onde equipes brasileiras já acumulam histórico expressivo de participações: oito primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Advanced e um na Classe Micro. A SAE Aerodesign East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.

Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é programa de fins educacionais que tem como objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade. A Competição é realizada anualmente desde 1999.

"Nas competições promovidas pela SAE BRASIL os jovens descobrem como trabalhar em equipe e, dentro das regras do jogo, qualificação que o mercado exigirá mais tarde como profissionais", analisa Mauro Correia, presidente da SAE BRASIL.

Reconhecida pelo Ministério da Educação, a competição é patrocinada pelas empresas Grupo Airbus, Altair, Embraer, GE, Honeywell, Parker, Rolls-Royce e United Technologies. Também conta com o apoio das instituições ADC Embraer, DCTA, ITA, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Prefeitura de São José dos Campos e São José dos Campos Convention & Visitors BureauTem parcerias com Emercor Pronto Vida, Hotel Nacional Inn e Novotel.

21ª Competição SAE BRASIL AeroDesign

Dia 24 - das 8h30 às 17h - solenidade de abertura, showroom dos projetos e apresentações orais das equipes no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) - Prédio de Eletrônica e Computação.

Dias 25, 26 e 27 - das 7h30 às 18h - Competição de voo no Aeroporto do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) - aberta ao público. Entrada pela avenida Faria Lima, ao lado do MAB, em São José dos Campos/ SP.