Suzano e Natura firmam parceria para desenvolver embalagens sustentáveis para cosméticos

Aliança anunciada durante a COP30 busca soluções renováveis, biodegradáveis e recicláveis, com foco na redução de emissões de carbono.


Quem anunciou foram a Suzano, maior produtora mundial de celulose, e a Natura, líder em beleza e cuidados pessoais na América Latina. Quando: no dia 28 de novembro. Onde: durante a COP30, realizada em Belém. Por quê: para discutir uma colaboração voltada ao desenvolvimento de soluções sustentáveis para embalagens usadas em cosméticos, com foco na descarbonização da cadeia produtiva e no fortalecimento da economia regenerativa.

As empresas assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) que prevê a criação de uma chamada pública para integrar centros de pesquisa, empresas e startups comprometidas com práticas ambientais responsáveis. A proposta é impulsionar o desenvolvimento de embalagens aplicáveis ao setor de cosméticos, como frascos, potes, tampas, recipientes diversos, além de embalagens flexíveis, filmes e revestimentos.

As soluções apresentadas passarão pela análise de um comitê multidisciplinar, que terá como critérios prioritários o uso de fontes renováveis, a biodegradabilidade e a possibilidade de reciclagem dos materiais.

A iniciativa está alinhada à estratégia da Suzano, que investe em inovação e sustentabilidade para ampliar o uso de soluções renováveis em diferentes indústrias, como a de embalagens. A empresa possui um portfólio baseado em matéria-prima renovável, biodegradável e reciclável, como a linha Greenpack.

Para a Natura, a parceria segue o compromisso de promover negócios que contribuam para a regeneração do planeta. A empresa, eleita a mais sustentável do mundo pelo Brand Blueprint Awards da Kantar, tem a meta de alcançar 100% de embalagens reutilizáveis, refiláveis, recicláveis ou compostáveis até 2030. Em 2024, esse índice já chegou a 84,6% nas marcas Natura e Avon na América Latina.

Segundo André Junqueira, diretor de Operações Comerciais da Unidade de Papel e Embalagem da Suzano, a trajetória centenária da empresa permitiu a evolução da fibra do eucalipto para além da celulose tradicional. Ele destaca que a parceria contribui para metas globais de descarbonização e demonstra o papel da ciência e da inovação na transformação das indústrias.

Já Romulo Zamberlan, diretor de Pesquisa Avançada da Natura, afirma que a inovação guiada pela sustentabilidade é um pilar da empresa. Para ele, a colaboração com a Suzano e outros parceiros acelera a descoberta de materiais mais circulares e regenerativos, em sintonia com o objetivo da Natura de se tornar uma empresa regenerativa até 2050.