Tecnologia para a humanização é tendência para o setor do varejo, em 2020

Em evento do Sebrae/PR, empresários puderam conferir as principais novidades da NRF, maior evento de varejo do mundo


Lojas e marcas devem utilizar dados e tecnologias para buscar a humanização. Essa foi o principal tema abordado no evento "Tendências para o varejo 2020 pós NRF". Promovido pelo Sebrae/PR, o evento reuniu mais de 150 empresários de Curitiba e Região Metropolitana para debater os principais destaques do NRF Retail's Big Show, o maior evento de varejo do mundo, que acontece anualmente, no mês de janeiro, em Nova York. Este ano foram 800 expositores e cerca de 38 mil visitantes de 86 países.

O Sebrae/PR organizou uma missão com empresários e representantes de entidades para conferir as novidades do mundo do varejo. Segundo o coordenador de Comércio e Mercado do Sebrae/PR, Lucas Hahn, a utilização de dados para fidelizar clientes e o uso de tecnologias como inteligência artificial e reconhecimento facial são temas presentes. Mas, é necessário que as marcas humanizem seus serviços.

"Não queremos nos relacionar apenas com máquinas. A humanização voltou a ser um forte referencial porque se constatou que as empresas que contam com relações mais humanas faturam acima da média. A tecnologia tem que estar presente para auxiliar nesse processo sem nunca perder de vista a humanização", afirmou ele.

Hahn citou o exemplo da marca Starbucks que, com o novo CEO, Kevin Johnson, voltou a investir nos últimos anos em atendimentos humanos, uma vez que a marca envolve, justamente, em momentos de descontração, satisfação e interação. A humanização agrega valor ao produto e é percebida como diferencial pelo cliente. "A diversidade, a inclusão e a sustentabilidade tanto em relação às questões sociais quanto ambientais valorizam uma marca e fortalecem o engajamento dos funcionários", explicou.

Outros importantes temas também devem estar no radar dos varejistas, como a fidelização de clientes, formatos de comércio eletrônico, utilização de canais de omnichannel, qualificação e conhecimento de vendas, além da estratégia de compra pela internet e retirada em loja física (chamada de BOPIS, no inglês).

De acordo com o consultor do Sebrae/PR gigantes da tecnologia também trouxeram ensinamentos para o setor. A Microsoft, por exemplo, buscou empoderar seus funcionários e reimaginar a cadeia de compras ao oferecer informações mais completas sobre os perfis de clientes e oportunidades de fidelização. Já a Amazon, responsável por 75% de todas as compras online dos Estados Unidos, oferece novas regras para o mercado.

"A Amazon vende para todas as gerações porque se comunica de diferentes maneiras com cada tipo de público", ressalta Hahn. Além disso, a empresa oferece parcerias com diferentes marcas para que elas disponibilizem seus produtos em sua plataforma, enquanto cuida da distribuição e todo o processo logístico.