"São ritmos que mexem com o brasileiro", diz Francinne sobre aposta na música latina

Cantora lançou recentemente o EP La Rubia, em que bebe da fonte do reggaeton e arrisca trechos em espanhol


Muitos artistas exercem um poder e um encanto tão grandes em certas pessoas que elas decidem se tornar covers. Gastam rios de dinheiro com figurinos semelhantes e perucas, além de muito tempo ensaiando coreografias e trejeitos. Britney Spears enfeitiçou Francinne dessa forma e, por anos, a jovem se dedicava a ser uma imitação da estrela original. Toda a experiência que ganhou durante esse tempo, Francinne aplica hoje em sua própria carreira, na qual usa seu nome real.

O caminho é um tanto curioso. Muitos artistas cover acabam ficando nisso mesmo, fazendo apresentações por hobby e amor ao ídolo, tirando um dinheirinho por fora. Francinne conseguiu quebrar essa barreira, ser apadrinhada pelo produtor Mister Jam e assinar contrato com a Universal Music. Ela acaba de lançar seu primeiro EP pela gravadora, La Rubia. "Foi uma experiência muito importante", diz sobre o trabalho como cover. "O preparo que tive de palco, dança, canto me ajuda atualmente. Desde os 9 anos eu dizia para a minha mãe que queria ser cantora. Eu sabia que um dia a minha oportunidade ia chegar", diz Francinne.

Ouça La Rubia:

Agora, a cantora deixou o inglês de lado e decidiu apostar na onda latina que está dominando o pop. Nas seis faixas do EP, mescla português e espanhol e mistura reggaeton e pop. A produção ficou por conta de nomes de peso como Umberto Tavares, Jefferson Jr. e Mãozinha. "Foi uma grande responsabilidade. São feras que produziram grandes hits para artistas como Anitta e Ludmilla. Eles confiaram em mim e no meu trabalho, então precisei entregar à altura", revelou. Todas as faixas foram gravadas também em espanhol para, quem sabe, uma divulgação pela América Latina no futuro. Entre as referências de Francinne estão Thalía, Shakira e as mais jovens Karol G e Becky G.

A aposta no produto em espanhol, com toques latinos, surgiu no estúdio. Apesar de artistas de países como Colômbia e Porto Rico estarem em alta não apenas no Brasil, mas no mundo, a cantora frisa que a latinidade é algo que sempre a acompanhou. "Eu precisava de um diferencial verdadeiro. É algo que pesquisamos bastante no estúdio. Sou do Sul e os hermanos argentinos estão logo ali ao lado. A música gaúcha também tem muito da latinidade. Sempre gostei de cantar em espanhol. São ritmos que grudam na mente e mexem com o brasileiro", recorda.

No momento, Francinne trabalha o single "Corpo Caliente", que ganhou clipe há poucos dias no maior estilo velho oeste, inspirado nos diretores Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, mas em vez de violência explícita e sangue na tela, a cantora capricha na coreografia. "A ideia foi minha. Adoro filmes antigos e achei que tinha a cara da música. Também usei de referência o filme Show Bar. Fugi do estereótipo latino e fui para o velho oeste, com motocicletas. Meu empresário até queria que tivesse sangue, viu? Ia ficar engraçado", conta, aos risos.

Nesta quarta-feira (09/05), Francinne faz o show de lançamento do EP no Paris 6 Burlesque, em São Paulo. A noite será uma grande homenagem à música latina. Além das faixas do La Rubia, ela também cantará hits de Ricky Martin, Gloria Estefan e Alejandro Sanz, entre outros. A apresentação contará com as participações especiais de Wanessa Camargo e Luisa Sonza.