A Polícia Federal cumpre quatro mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (31) em Cachoeira Paulista contra desvio de recursos públicos destinados ao combate à Covid-19. A medida é cautelar para o afastamento de função pública e proibição de ingresso em repartição pública. A ação acontece também na cidade de Lorena.
Segundo a PF, o vereador Léo Fênix (PSB) e um servidor público da administração municipal, que não teve a identidade revelada, utilizavam dos seus cargos para favorecer a contratação de empresas para fornecimento de medicamentos e insumos destinados ao combate à Covid-19.
Esquema
De acordo com as investigações, eles exigiam o pagamento de valores de 5% a 10% em relação aos contratos. Os investigados teriam, inclusive, solicitado que a empresa apresentasse orçamento com valor mais elevado, para obter maior vantagem.
Depósito
Ainda segundo a PF, o dinheiro desviado era depositado em uma conta bancária indicada pelo agente político, horas depois do pagamento ser efetuado pela Prefeitura de Cachoeira Paulista para a empresa contratada.
Penas
Os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, associação criminosa, corrupção ativa ou passiva e fraude em licitações com penas que podem chegar a 32 anos de prisão.
Outro lado
O AgoraVale procurou a Prefeitura de Cachoeira Paulista para falar sobre o assunto. A assessoria disse, em nota oficial divulgada nas redes sociais, que a operação investiga 13 empresas em licitações envolvendo a gestão do ex-prefeito Edson Mendes Mota. A nota ainda diz que a atual gestão está contribuindo integralmente com a diligência da Polícia Federal.
O vereador Léo Fênix foi procurado pela reportagem mas não foi encontrado. O celular disponível nas redes sociais consta desligado. A Câmara Municipal de Cachoeira Paulista também foi procurada para comentar o assunto, mas ninguém atendeu o telefone ou respondeu aos e-mails enviados.