Câmara de Caçapava aprova taxa extra na conta de luz; veja os vereadores que votaram a favor do tributo

Votação aconteceu na noite desta quarta-feira (15), depois de muita confusão e protestos; taxa começa a ser cobrada no início do próximo ano.


Câmara de Caçapava aprova projeto de lei que cria taxa de iluminação pública. Câmara de Caçapava aprova projeto de lei que cria taxa de iluminação pública. (Foto : Divulgação)

Depois de muita confusão, protestos e sessão suspensa, os vereadores de Caçapava aprovaram por seis votos a três a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), uma taxa extra que vai aumentar a conta de luz dos moradores da cidade. 

Segundo o projeto de lei, aprovado na noite desta quarta-feira (15), a justificativa foi para que "a população tenha uma iluminação adequada, evitando problemas no trânsito e marginalidade, proporcionando maior segurança e tranquilidade", diz parte do projeto. 

A votação foi de maioria absoluta, ou seja, para aprovar o projeto foi preciso de 6 votos a favor. Nesse caso, a presidente não votou. A votação foi nominal por nove vereadores.

Os vereadores que votaram A FAVOR do projeto de lei para criar a taxa extra na conta de luz dos moradores de Caçapava foram: Vitor Tadeu (PTB), Telma Vieira (PSD), Robson Paiva (DEM), Maicon Goinbiesqui (Cidadania), Adilson França (PSDB) e Wellington Rezende (Cidadania). 

Vereadores que aprovaram a taxa de iluminação pública em Caçapava.Vereadores que aprovaram a taxa de iluminação pública em Caçapava. (Foto : Divulgação)

Votos contra

Três vereadores votaram contra o projeto que cria mais um tributo para a população de Caçapava: Yan Lopes (PSC), Rodrigo Meirelles (PSD) e Waldemir da Silva 'Valeu Valeu' (MDB). 

Vereadores votam contra o projeto de criação de taxa extra na conta de luz.Vereadores votam contra o projeto de criação de taxa extra na conta de luz. (Foto : Divulgação)

 

Quanto o contribuinte vai pagar?

O valor da contribuição, segundo o projeto, será cobrado com base no cadastro de clientes da concessionária distribuidora de energia elétrica local, considerando a classe de atividade e faixa de consumo de energia elétrica do contribuinte, que varia de pagamento isento (baixa renda) até R$ 45. São José dos Campos, por exemplo, possui um valor máximo de contribuição de R$ 5,12.

Reações 

Centenas de pessoas se manifestaram nas redes sociais contra a taxa de iluminação pública em Caçapava. 

"Absurdo mais uma taxa numa pandemia, muita gente desempregada, a energia já está cara, a inflação absurda...que tristeza!", escreveu uma internauta em uma rede social. "Palhaçada, temos que mandar esta prefeita ir embora e seus comissionados para Taubaté", disse outro usuário da rede. 

Reação da população de Caçapava na internet.Reação da população de Caçapava na internet. (Foto : Divulgação)

Confusão 

A votação do projeto de lei que criou a taxa de iluminação pública seria apreciada pelos vereadores na terça-feira (14). Mas uma confusão e tumulto, acabou suspendendo os trabalhos, que tiveram retorno nesta quarta-feira (15). 

Durante a fala do vereador Maicon Goinbiesqui (Cidadania), começou uma gritaria na recepção.

De acordo com informações obtidas pelo AgoraVale, um guarda, que é funcionário da câmara, após agressões verbais por parte de um homem que assistia a sessão, tentou tirá-lo da recepção abruptamente. Foi onde começou a pancadaria. A partir dai, a confusão se generalizou. Aconteceram socos, empurrões e muita gritaria. O vidro da porta do prédio foi quebrado. Por imagens que circulam nas redes sociais, um homem tenta abrir a porta e quando não consegue, acaba quebrando o vidro.

Em imagens do circuito interno de monitoramento, um vereador sai do plenário correndo e parte para cima de algumas pessoas que estavam na recepção. Na sequência, outros parlamentares tentam impedir o vereador de agredir fisicamente populares que estavam no local.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas para manter a ordem, entretanto, eles chegaram depois que a confusão já havia acontecido.

 

VEJA O VÍDEO DA CONFUSÃO NA CÂMARA NA ÚLTIMA TERÇA-FEIRA (14): 

*Por Marcos Bulques