Geraldo Alckmin tem bens bloqueados pela Justiça Eleitoral

Ainda no final de julho, o PSDBista virou réu por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro


O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), teve bens e valores em conta sequestrados por decreto da Justiça Eleitoral de São Paulo. No total, são R$11,3milhões bloqueados. A informação só foi divulgada hoje, quarta-feira (5), pela Polícia Federal, cerca de cinco dias após a determinação do decreto.

Além de Alckmin, essa decisão atinge Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento do governo paulista. E também Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor do tucano. No caso deles, o bloqueio é referente a R$ 9,3 milhões.

A Polícia Federal (PF) afirmou que os valores foram sequestrados para ressarcir danos e prejuízos gerados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Assim como consta no documento assinado pelo juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas.

"Verifico que os elementos de informação acostados autos conduzem a conclusão de que o sequestro dos bens móveis e imóveis dos representados se perfaz medida plausível e necessária a impedir a dilapidação patrimonial e assegurar a eventual reparação futura dos bens, bem como a efetividade de uma eventual e futura persecução criminal, com fundamento no art. 4º da Lei nº 9.613/98, e nos arts. 125 e 132, ambos do Código de Processo Penal", decretou em documento.

Em nota, a defesa do PSDB declarou:

"A denúncia ora recebida pelo Poder Judiciário dará a oportunidade que foi até agora negada ao ex-governador Geraldo Alckmin de se defender e de contraditar as falsas e injustas acusações de que está sendo vítima e, principalmente, de provar a sua improcedência. Por esta nota, em respeito à opinião pública e à confiança da sociedade, de que sempre foi merecedor, lamenta essa injusta e indevida exposição, confiante de que, ao final do processo, a verdade e a justiça prevalecerão, pois nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados nos termos da legislação vigente, nem tampouco praticou qualquer ato de corrupção, como, aliás, nunca fez durante mais de 40 anos de vida pública."