Neste mês de março, Pindamonhangaba está colocando em prática as novas ações de modernização da fiscalização eletrônica no trânsito do município, com o objetivo é reduzir ainda mais os números de acidentes.
Além disso, a iniciativa também visa preservar vidas em seu sistema de tráfego e reduzir o impacto nos serviços de saúde, que têm seus leitos e profissionais ocupados no atendimento de acidentados e politraumatizados.
Dentre as grandes cidades do Vale do Paraíba, Pindamonhangaba é a única que não tem radar de controle de velocidade.
Segundo os dados, o excesso de velocidade é a infração mais praticada no sistema de trânsito brasileiro e estudos indicam que os acidentes de trânsito são hoje a terceira maior causa de morte na faixa de 30 a 44 anos, a segunda causa para quem tem de 5 a 14 anos e a primeira causa de mortes para jovens de 15 a 29 anos.
"Com essa nova fiscalização que estamos colocando em prática pretendemos reduzir até 70% o número de mortes no trânsito da cidade. São José, Taubaté, Jacareí e outras cidades maiores têm a fiscalização por radar eletrônico e somente Pinda não possui. Colocamos câmeras de monitoramento, tentamos a conscientização com redutores educativos, implantamos redutores físicos de velocidade; porém alguns locais continuam com índices críticos e por isso estamos partindo para esse novo momento", explicou o secretário da pasta, Fabrício Pereira.
O novo sistema, em implantação por uma empresa especializada, possui tecnologia OCR - reconhecimento óptico de caracteres, possibilitando a leitura de placas, identificando ocorrências de furtos e roubos, dentre outras infrações.
"É uma ferramenta muito importante que traz o cercamento eletrônico, gerenciando melhor a mobilidade urbana do município e liberando nossos agentes de trânsito para outras atividades importantes de conscientização e organização do tráfego", afirmou o secretário adjunto, José França Vidal.
O trabalho vem sendo conduzido pela Secretaria Municipal de Segurança, através do Departamento de Trânsito, que realizou um estudo técnico, avaliando locais onde são desenvolvidas alta velocidade e indicando os locais para implantação.
Dentro do novo sistema, a Prefeitura também está priorizando a atuação na zona máxima de restrição de caminhão, com rotas pré-definidas de tráfego de caminhões dentro da cidade, preservando o pavimento asfáltico e diminuindo o conflito entre veículos de passeio e caminhões.
Um dos pontos críticos apontado em levantamento da Prefeitura é o Anel Viário, no trecho próximo à portaria do Parque da Cidade. Em outubro de 2020, o local foi palco de dois acidentes envolvendo motocicleta e veículo, fazendo em cada ocorrência uma vítima fatal na faixa etária de 20 anos.
Em fevereiro do ano passado, o local voltou a chamar a atenção quando em apenas oito dias, três graves acidentes foram registrados, trazendo diversas vítimas atendidas pelo Pronto-Socorro Municipal.
"Colocamos placas de limite de velocidade, instalamos redutores de velocidade, implantamos sistema educativo, porém percebemos que muitos motoristas não respeitam", afirmou França.
Atualmente, a Prefeitura está finalizando o estudo que irá identificar o limite de velocidade permitido para cada local, porém, oito pontos que receberão radar de fiscalização eletrônico já estão definidos:
Anel Viário - Rua Japão - Parque da Nações
Anel Viário - Rua Sebastião Vieira Machado - ao lado Village Paineiras
Av. Francisco Lessa Júnior - Via Expressa - próximo Supermercado Taka
Anel Viário - Av. Geraldo J. R. Alckmin - próximo Parque da Cidade
Av. Nossa Senhora do Bom Sucesso - próximo ao Pão de Açúcar
Rua Alcides Ramos Nogueira - em frente ao Shopping Center
Rua Suíça - em frente ao bairro Carangola
A Prefeitura informa que será realizada campanha de divulgação junto à população para comunicar a data de início e os locais de operação da nova fiscalização eletrônica no município.
"Infelizmente perdemos algumas vidas pela imprudência humana e precisamos dar uma resposta para não termos outras vidas ceifadas. Os motoristas que respeitam as leis de trânsito e são prudentes não precisam se preocupar, a penalidade será para quem não respeita a lei e coloca a vida humana em risco", concluiu o secretário Fabrício.