Uma falha global de sistemas, desencadeada por uma atualização problemática da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, afetou severamente empresas em múltiplos continentes nesta sexta-feira (19), incluindo no Brasil. A CrowdStrike, em resposta ao incidente, anunciou que está revertendo a atualização que causou o problema e implementou uma correção para o defeito identificado.
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, esclareceu que o evento não foi resultado de um ataque cibernético, mas sim de uma falha interna que foi identificada e isolada rapidamente. Relatos generalizados de problemas técnicos surgiram, com muitos usuários da Microsoft enfrentando a conhecida "tela azul da morte".
Diversos setores foram impactados, abrangendo desde companhias aéreas e bancos até empresas de telecomunicações. No Brasil, o Bradesco orientou seus clientes a tentarem acessar os serviços posteriormente, enquanto outras instituições financeiras como Banco Pan, Neon e Next também enfrentaram dificuldades em seus aplicativos e sistemas de login.
No setor de viagens, a Air France-KLM foi obrigada a suspender a maioria de suas operações devido a problemas tecnológicos, enquanto a Ryanair relatou interrupções devido a uma falha de TI de terceiros. Empresas financeiras globalmente, incluindo a Bolsa de Valores de Londres, também experimentaram os efeitos do incidente.
A falha também teve um impacto significativo na Allianz e em outras entidades, afetando a capacidade dos funcionários de acessarem seus computadores devido a problemas de login originados pela falha no provedor CrowdStrike.
O CIO da CyberArk, Omer Grossman, alertou que os danos podem ser extensos e que a restauração completa dos serviços afetados pode ser um processo demorado, dado que cada endpoint afetado precisa ser abordado individualmente.
A situação continua sendo monitorada de perto enquanto as empresas afetadas trabalham para restabelecer completamente seus serviços e minimizar os impactos sobre clientes e operações.