Portela volta a vencer um carnaval depois de 33 anos de jejum
Último título da escola foi conquistado em 1984, na inauguração do sambódromo do Rio
Portela (Foto : Página da Portela)Foram 33 anos de coadjuvância no carnaval carioca, mas enfim, a escola de samba mais vezes campeã do Rio de Janeiro voltou a comemorar um título. Pra sair da fila de três décadas sem o gostinho de um campeonato, a azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira foi buscar o consagrado carnavalesco Paulo Barros para o desfile do ano passado. Em 2016 não deu, a escola ficou em 3º, mas neste ano, a Águia voltou ao seu vôo mais alto.
Na apuração desta quarta-feira, a Portela começou dividindo o topo com Mangueira, Mocidade, Grande Rio e Beija-Flor. Com as duas últimas saindo das disputas, principalmente a escola de Nilópolis no quesito fantasia, o quadro começou a mostrar um acirramento entre três agremiações. Logo em seguida, as notas de evolução deixaram apenas a Mocidade Independente de Padre Miguel e Portela na berlinda.
Vivendo um jejum de 33 anos, a Águia disputou ponto a ponto, melhor dizendo, décimo a décimo, a primeira colocação com a escola de Bangu. Inspirada no clássico samba de Paulinho da Viola, “Foi um rio que passou em minha vida”, a Portela abordou a importância de rios famosos em todo o mundo, como o Nilo (Egito), Ganges (Índia) e lendas de rios brasileiros, ente eles a da Iara, Boiúna, cobra-grande e boto cor de rosa.
É o 22º campeonato da escola, que comemora uma conquista que não ocorre desde 1984, justamente no ano em que foi inaugurado o sambódromo carioca.
Para 2018 – Após um consenso entre a Liga de Escolas de Samba do Rio de Janeiro e agremiações, e tendo em vista os graves incidentes com carros alegóricos da Paraíso de Tuiuti e Unidos da Tijuca, ficou decidido que não haverá rebaixamento.
Dessa forma, as campeãs do Grupo de Acesso em 2017, Império Serrano e Porto da Pedra, estarão junto às 12 escolas de samba que desfliaram neste ano, abrilhantando ainda mais o carnaval 2018.
