A expectativa do comércio eletrônico é alta quando o assunto é o segundo semestre de 2018. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a previsão é de que o setor fature R$ 37,9 bilhões no período, valor 15% superior a 2017. Com esse resultado, o e-commerce recupera as perdas do primeiro semestre, principalmente com a realização de ações para a Black Friday e o Natal.
A Black Friday se iniciou nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em meados de 2010. Em meio a diversas críticas e fraudes de preços, a data foi se consolidando e ganhou maturidade, com uma maior consciência dos consumidores sobre a importância das pesquisas e ofertas reais de grandes marcas do varejo.
Um levantamento divulgado pelo Google em 2017 descobriu que 71% das pessoas que compram pela internet já haviam realizado uma aquisição na Black Friday. Os fatores mais considerados na hora da decisão da compra são: preço (49%), confiança na loja (27%), confiança na marca (13%) e custo do frete (5%). Além disso, 91% dos consumidores fizeram pesquisas on-line em 2016, com um tempo médio de 16,5 dias.
Os eletrônicos, como TVs, celulares e notebooks, continuam sendo os produtos preferidos. Mas o e-commerce já inclui uma variedade de produtos nessa data, como eletrodomésticos (geladeiras, por exemplo), bebidas, viagens, vestuário, acessórios, entre outros.
Em 2017, a Black Friday obteve um faturamento de R$ 2,1 bilhões para o e-commerce, um crescimento de 10,3% em relação a 2016, quando o montante total foi de R$ 1,9 bilhão. O levantamento leva em consideração as compras feitas no dia do evento e na véspera. O número de pedidos cresceu 14%, de 3,3 milhões para 3,76 milhões.
Outro ponto importante foi o aumento de 81,8% dos pedidos realizados por celular na comparação com o ano de 2016. Por causa disso, quase 30% dos pedidos já são feitos por dispositivos móveis. A expectativa para 2018 é que esse número seja ainda maior, colaborando para uma alta das compras feitas em lojas virtuais.