Embraer aposta em parceria para avião com propulsão elétrica

A tendência no mercado é que os modelos elétricos de aeronave se tornem o padrão mundial até 2050


A Embraer mira um novo projeto para o início da próxima década, que poderá representar um grande avanço nos setor mundial aeronáutico. Na quarta-feira (29) a companhia brasileira anunciou uma parceria com a empresa Weg, com o objetivo de desenvolver e testar, já em 2020, um sistema de propulsão elétrica para aeronaves.

Fundada em 1961, a WEG é uma companhia global de equipamentos eletroeletrônicos, que atua principalmente no setor de bens de capital e soluções voltadas para a eficiência energética, energias renováveis e mobilidade elétrica. A tendência no mercado é que os modelos elétricos de aeronave se tornem o padrão mundial até 2050.

Para o desenvolvimento e construção de aeronaves elétricas (e-Aircrafts, em inglês), o acordo entre as empresas busca levar a efeito uma cooperação científica e tecnológica com a meta de acelerar o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias. Com isso, será possível o aumento da eficiência energética das aeronaves a partir da utilização e integração de motores elétricos em inovadores sistemas propulsivos.

De acordo com a Embraer, o processo de eletrificação faz parte de um conjunto de esforços realizados pela indústria aeronáutica com o propósito de atender seus compromissos de sustentabilidade ambiental, a exemplo do que já vem sendo feito com biocombustíveis para redução de emissões de carbono.

"Os avanços das pesquisas científicas podem tornar energia limpa e renovável um importante viabilizador de uma nova era da mobilidade aérea urbana e regional que seja mais acessível à população", disse Daniel Moczydlower, Vice-Presidente Executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer.

A Embraer aposta no modelo de inovação aberta e mantém colaboração com dezenas de universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior. O desenvolvimento do projeto contará com as parcerias com instituições como FINEP, FAPESC, FAPESP, FAPEMIG e Embrapii, que são fundamentais para diminuir a distância entre a comunidade científica e as necessidades da indústria.