Profissionais da Eletronuclear visitaram, entre os dias 9 e 15 deste mês, a usina nuclear Atucha II, na Argentina. A missão teve o objetivo de conhecer o simulador da sala de controle da unidade, similar ao previsto para Angra 3.
"O intercâmbio nos possibilitou ver de perto o simulador da usina argentina, que foi desenvolvido pela Tecnatom, empresa que venceu o processo licitatório para fornecer também a réplica da sala de controle de Angra 3. O contrato foi assinado no dia 17 de julho", conta o superintendente de Angra 3, Luciano Calixto, que participou da missão com um supervisor de turno, um instrutor de simulador e um engenheiro de hardware de simulador da Eletronuclear.
O simulador é uma ferramenta fundamental para garantir a eficiência e segurança das usinas nucleares, pois permite treinar os operadores da sala de controle, replicando cenários reais. Dessa forma, é possível garantir que os especialistas aprendam a lidar com emergências e situações de risco, prevenindo acidentes.
"A sala de controle de Atucha II tem 30% de interface digital, enquanto a de Angra 3 será totalmente controlada por telas. Por isso, a viagem foi, sem dúvida, um momento de muito aprendizado, que nos permitiu ter acesso prévio a desafios e oportunidades que encontraremos mais tarde, quando nossa usina ficar pronta", finaliza Calixto.
Angra 3 terá potência de 1.405 megawatts (MW), sendo capaz de gerar cerca de 12 milhões de megawatts-hora (MWh) anuais. A obra foi retomada em maio deste ano, após embargo da prefeitura de Angra dos Reis. O empreendimento está 65% concluído. A usina vai operar com alto grau de confiabilidade e ajudar a garantir segurança de abastecimento para o sistema elétrico brasileiro, sendo capaz de gerar energia para até 4,5 milhões de pessoas.