A Samsung está preocupada também com a forma como as crianças utilizam os dispositivos móveis. A empresa lançou oficialmente o seu tablet infantil Galaxy Tab 4 A, com oito aplicativos e jogos para crianças. Ele já vem com o modo infantil previamente configurado, mas também pode ser utilizado por todos por meio do modo multi-usuário.
A tela do tablete é de 10.5 polegadas e resolução de 1.920 x 1.200 pixels. O processador é um Snapdragon 450, destinado a dispositivos intermediários. O principal trunfo do chipset é a melhor otimização da bateria, com uma redução de 30% no consumo da energia durante a execução de jogos, segundo a Qualcomm.
A bateria é robusta e tem 7.300mAh, garantindo uma boa autonomia do tablete fora da tomada. Para evitar travamentos, a Samsung incluiu uma memória RAM de 3 GB. O armazenamento interno, por sua vez, é de 32 GB.
O modelo wi-fi do Galaxy Tab A 10.5 custará € 330 (R$ 1.443) e o que permite conexão móvel, € 390 (R$ 1.703). O dispositivo estará disponível no dia 24 de agosto, mesma data em que o Galaxy Note 9.
Polêmica
O contato de crianças com celulares e tablets é discutido no mundo todo. De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), a recomendação é de que bebês de até 18 meses não tenham contato com telas. Dos 2 aos 5 anos, o limite deve ser de uma hora diária. Portanto, o que se pretende é estabelecer limites e não proibir o uso por crianças, já que o acesso aos gadgets acontece desde a infância.
Em alguns contextos, os dispositivos são até bem vistos, como dentro da sala de aula, por exemplo. Mas, nesse caso, é importante que ele se integre às demais práticas de ensino e funcione como um auxiliar do aprendizado e não como o único meio de aprendizado. Animações, livros e apostilas editáveis, conteúdo multimídia com gráficos, vídeos e fotos são alguns dos recursos oferecidos pelo ambiente digital e que tornam as tarefas mais interativas.
A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) possui um guia online com 13 motivos para se adotar dispositivos móveis como linha auxiliar na sala de aula. Entre eles, estão a personalização de conteúdos aprendidos, a mobilidade, a otimização do tempo e a troca de dicas entre alunos e professores.