"O Brasil é um país seguro para investimentos no setor nuclear? Os sistemas, procedimentos e medidas de segurança física nuclear e tecnológica implementados garantem que a indústria nuclear tenha riscos corporativos aceitáveis? A transparência da governança da segurança física nuclear na indústria nuclear aponta para um investimento seguro no Brasil?".
Estas são algumas das perguntas que certamente os investidores brasileiros e estrangeiros estão fazendo diante da possibilidade de dinamização do setor no Brasil, com a retomada das obras de Angra 3 e a projeção de construção de seis novas plantas nucleares no nordeste do País até 2050, dentro do Plano Nacional de Energia - PNE 2050.
Estas questões estarão no centro dos debates da Mesa Redonda sobre o tema que acontecerá durante o SIEN 2020. A proposta é debater o Siprom - Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro, durante a mesa que ocorrerá no terceiro dia (30/10), com a participação de representantes do GSI/Presidência da República, CNEN e Eletronuclear.
Especialistas projetam investimentos de cerca de US$ 50 bilhões em um período de 30 anos, o equivalente a R$ 300 bilhões em 30 anos ou R$ 10 bilhões por ano, apenas para as novas plantas nucleares. A retomada de Angra 3 deverá mobilizar outros R$ 15,5 bilhões para conclusão da obra.
Já confirmaram presença na Mesa Redonda o especialista em Segurança Física Nuclear/GSI-PR, Cesar Henrique Romão; o especialista em Emergência Nuclear do GSI-PR, Jair dos Santos Oliveira; e o Diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear/CNEN, Ricardo Gutterres. Para representar a Eletronuclear no debate foi convidado o Superintendente de Coordenação de Operação da ELETRONUCLEAR, Edmundo Selvatici.
O debate abordará também:
Comunicação com a sociedade para desenvolver credibilidade e confiança.
A estrutura nacional para resposta a uma situação de emergência nuclear.
O contexto atual de gestão de riscos e ameaças no Brasil.
A importância da comunicação com o público em uma situação de emergência nuclear.