Grupo de São Paulo apresenta peça "DNA" no Festival de Teatro Estudantil de Pinda

A montagem do grupo traz uma execução inovadora com três elencos que se apresentam simultaneamente, concedendo à plateia a possibilidade de decidir qual elenco seguir


A peça DNA retrata o dia a dia de adolescentes tentando enfrentar a realidade depois de um acontecimento que muda suas vidasA peça DNA retrata o dia a dia de adolescentes tentando enfrentar a realidade depois de um acontecimento que muda suas vidas (Foto : Divulgação)

O Grupo de Teatro da Escola Vila, de São Paulo, participará da 20ª edição do FESTIL (Festival de Teatro Estudantil de Pindamonhangaba), com a peça "DNA". A apresentação será nesta sexta-feira (6), às 20h, na Sede da AMBAC (ao lado da Igreja São Cristóvão - Rua Adolpho Campos Maia, 55, Alto do Cardoso). A entrada é 1 kg de alimento não perecível.

A peça DNA retrata o dia a dia de adolescentes tentando enfrentar a realidade depois de um acontecimento que muda suas vidas. O que parecia ser uma brincadeira sem consequências acaba extrapolando limites e desafiando a ética e a moral do grupo de amigos. Morte, bullying, culpa e justiça surgem como temas centrais da narrativa.

A montagem do grupo traz uma execução inovadora com três elencos, totalizando 35 atores em cena, que se apresentam simultaneamente, concedendo à plateia a possibilidade de decidir (a qualquer momento) qual elenco seguir, reforçando a ideia de que não importa os rostos dos atores, podemos esbarrar com comportamentos de violência em qualquer esquina.

Realizar a peça com três elencosfoi uma escolha de direção que acentua os dilemas morais enraizados na nossa sociedade. "DNA" é uma peça sobre adolescentes, feita por adolescentes, para adolescentes. Ou seja, trata-se de um diálogo direto com um público em formação: jovens que vivem uma crise ética e que, em um futuro breve, terão de se responsabilizar pelas decisões políticas do nosso país.

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DNA" é uma fábula possível sobre jovens que dominam a violência e testam os seus limites. Jovens comuns, que a partir de uma narrativa de bullying extrapolam seus comportamentos para um universo obscuro. Inspirado no clássico “Os Demônios” de Dostoievski, “DNA” mostra que para ser mau não há limites. E basta estar entre amigos para descobrir isso.

Grupo de Teatro da Escola da Vila

O grupo, formado por alunos dos três anos do Ensino Médio, é repleto de diferenças que acabam se somando quando se trata de teatro. Durante quatro anos, o grupo de São Paulo vem se dedicando a montar peças que retratam questões pertinentes ao universo jovem e adolescente, sempre buscando, a partir do interesse dos alunos / atores, tratar de temas atuais com o intuito de trazer para o palco reflexões e considerações sobre nossa sociedade. Depois das montagens "Blecaute" e "Só há uma vida e nela quero ter tempo para construir-me destruir-me", a peça "DNA" vem para concluir uma trilogia que confronta a realidade da juventude.

Já participaram da Mostra de Teatro do Colégio Santa Cruz (São Paulo, SP) em 2013, com a peça "Mulheres do Cais” e no Festival Fundação das Artes de Teatro Estudantil (São Caetano do Sul, SP), com as peças "Blecaute", em 2014, e "Só há uma vida e nela quero ter tempo para construir-me destruir-me", em 2015, tendo recebido os prêmios de coletividade e melhor cenografia. Além disso, o repertório do grupo conta com peças como "Terror e Miséria no Terceiro Reich", de Bertold Brecht e “Uma noite Absurda”, baseada na obra de autores do Teatro do Absurdo.